Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ligada a igreja evangélica será a nova secretária-executiva do MEC

Esta é a segunda mudança em três dias na pasta, que está sob disputa de grupos governistas; Iolene Lima dirigia colégio baseado na 'cosmovisão bíblica'

Por Da Redação
Atualizado em 15 mar 2019, 16h55 - Publicado em 14 mar 2019, 16h15

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anunciou nesta quinta-feira, 14, a nomeação da pedagoga Iolene Lima como secretária-executiva da pasta. Ele recuou, portanto, na indicação de Rubens Barreto da Silva, anunciada apenas dois dias atrás na conta do ministro no Twitter.

Iolene Lima é ligada à Primeira Igreja Batista de São José dos Campos (SP), atualmente conhecida como Igreja da Cidade. Ela também dirigiu, na cidade do interior de São Paulo, o Colégio Inspire, que segue uma “metodologia de educação por princípios” e apresenta todos os conteúdos programáticos dentro da “cosmovisão bíblica”.

Segundo currículo divulgado no site da Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios (AECEP), Iolene é formada em pedagogia, com pós-graduações, especialização e MBAs na área de gestão escolar. Pelo Twitter, a nova secretária-executiva comemorou a indicação. “Dediquei minha vida para a área da educação e me sinto honrada. É com grande dedicação que assumo essa responsabilidade importante para a educação do nosso país”, declarou.

Continua após a publicidade

Antes de ser nomeada secretária-executiva, a segunda função mais importante do MEC que é subordinada somente ao ministro, Lima atuava no Ministério dentro da Secretaria de Educação Básica. Ela já acompanhou Vélez Rodríguez nesta terça-feira durante a visita do titular da Educação à cidade de Suzano (SP), onde ocorreu o ataque armado que deixou alunos e duas funcionárias mortas em uma escola estadual.

A vaga de número 2 do MEC foi aberta em meio à uma intensa disputa entre militares, técnicos e seguidores do filósofo e escritor Olavo de Carvalho dentro do ministério. Inimigo dos “olavistas” da pasta, Luiz Antonio Tozi foi demitido por Vélez na segunda-feira, depois que o ministro recebeu pressão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesse sentido.

O grupo de Tozi defendia o foco do MEC em políticas educacionais de evidência comprovada e o abandono do discurso mais ideológico. Os seguidores de Carvalho, por sua vez, dizem que o grupo é “tucano” — ou seja, alinhado ao PSDB — e não estaria alinhado às visões propagadas pelo governo Bolsonaro.

A indicação de Iolene Lima é a segunda feita pelo ministro Ricardo Vélez. Na terça-feira, quando comunicou a saída de Tozi, Vélez anunciou que Rubens Barreto seria o substituto. Os dois, Tozi e Barreto, são oriundos do ensino técnico no estado de São Paulo.


Ao contrário do que dizia a versão anterior deste texto, Iolene Lima não atua como pastora evangélica na Igreja da Cidade.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.