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‘Vão acabar decretando a prisão dele’, diz Renan sobre Cunha

Afirmação foi dita a um interlocutor por telefone, segundo jornal O Globo

Por Da Redação
10 dez 2015, 08h44

Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o chefe da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai acabar sendo preso por causa das manobras que adotou para atrasar o processo contra ele no Conselho de Ética da Câmara. A afirmação foi ouvida pelo jornal O Globo, na noite desta quarta-feira, por volta das 22 horas, quando Renan chegava a um jantar na casa do líder do PMDB no Senado, Eunício de Oliveira, em Brasília.

“A influência dele [Cunha] na comissão vem desde lá de trás. Mas, se ele continuar destituindo relator, trocando líder, manobrando com minorias, vão acabar decretando a prisão dele”, disse Renan a um interlocutor, por telefone. De acordo com o jornal, o presidente do Senado entrou no jardim da casa de Oliveira já falando ao telefone e ficou na escada do lado de fora, falando em tom elevado, enquanto integrantes do grupo que o acompanhavam entraram na residência.

Ao telefone, Renan explicava ao interlocutor que o papel do PMDB agora deve ser de propor saídas para Brasil, citando o caso da Agenda Brasil, que foi alvo de uma série de reclamações. Em seguida, ele falou que teve uma reunião com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para avaliar o quadro político do Brasil e foi, então, que passou a abordar a situação de Eduardo Cunha, sem citá-lo nominalmente. A conversa foi encerrada, segundo O Globo, com o interlocutor agendando um encontro para a próxima semana.

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Nesta quarta-feira, Cunha conseguiu não só adiar a sessão do Conselho de Ética, depois de mais uma manobra, como também retirou do cargo de relator o deputado Fausto Pinato (PRB-SP), cujo texto pedia o andamento das investigações contra o presidente da Casa. Desde o início do processo contra ele, o chefe da Câmara fez uma série de investidas contra Pinato, todas sem sucesso até aqui. Cunha, então, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para afastar o relator. O Supremo negou o pedido na noite de terça-feira, mas o ministro Luis Roberto Barroso repassou a palavra final à Mesa Diretora da Câmara.

No mesmo dia coube ao deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), aliado de primeira hora de Cunha, apresentar a ação contra Pinato à Mesa. Júnior é um dos responsáveis pela série de manobras emplacadas no Conselho de Ética que levam a sucessivos adiamentos da votação do parecer de Pinato. A representação foi, então, aceita por Waldir Maranhão (PP-MA), aliado de Cunha e, como ele, investigado pela Operação Lava Jato. Ao presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), coube apenas acatar a decisão da cúpula da Casa. Ele suspendeu a sessão desta quarta e convocou uma nova reunião pra a manhã de quinta-feira.

Para o lugar de Pinato, chegou a ser nomeado o petista Zé Geraldo (PA), mas a decisão do presidente do Conselho foi contestada e Araújo decidiu formar novamente uma lista tríplice para sorteio. Foram sorteados, então, os deputados Léo de Brito (PT-AC), Marcos Rogério (PDT-RO) e Sérgio Brito (PSD-BA) – este último, aliás, foi o primeiro a sair em defesa de Cunha e a apresentar pedido de adiamento do processo. O presidente do Conselho deve anunciar o novo relator nesta quinta-feira.

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(Da redação)

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