Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Três partidos fecham apoio, e Temer fica perto de barrar denúncia

PMDB, PSD e PP fecham questão em torno da rejeição da acusação da PGR e podem dar 147 dos 172 votos que o presidente precisa para impedir avanço do processo

Por Da Redação
12 jul 2017, 13h47

O PSD, que tem 37 deputados federais na Câmara, fechou questão nesta quarta-feira pela rejeição da denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB) – com isso, parlamentares que votarem pelo recebimento da acusação podem ser punidos até com a expulsão da legenda.

A legenda é a terceira a fechar posição em torno do apoio a Temer – antes, PMDB, que tem 63 deputados, e PP, com 47 parlamentares, haviam anunciado posição semelhante. Com isso, os três partidos podem entregar 147 votos pela rejeição da denúncia, pouco menos do que os 172 que o presidente precisa para enterrar a acusação feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Pela legislação, uma acusação criminal contra o presidente só pode ser avaliada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) se a Câmara der o aval com o apoio de 2/3 de seus parlamentares, ou seja, 342 votos.

Após uma reunião fechada da bancada, o líder do PSD na Câmara, Marcos Montes (MG, anunciou o fechamento de questão e disse que os deputados do partido consideraram a “denúncia fraca e sem consistência jurídica’. Segundo ele, 30 deputados participaram da reunião e 26 votaram pela rejeição da denúncia. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que analisa a admissibilidade da denúncia, há cinco deputados do PSD.

Continua após a publicidade

PMDB

Também nesta quarta-feira, o presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), anunciou o fechamento de questão da legenda contra a denúncia e acrescentou que eventuais dissidentes serão punidos. “Aqueles que não atuarem em consonância com o partido responderão ao Conselho de Ética [do PMDB] e o líder já tem a prerrogativa de suspender das funções partidárias por 90 dias, exatamente para que se cumpra efetivamente a decisão que o partido está tomando”, disse Jucá após reunião da Executiva do partido.

O líder do PMDB no Senado, Raimundo Lira (PB), lembrou que o fechamento de questão é inédito no partido. “Eu acho que para tudo tem uma primeira vez e é fundamental que aqueles companheiros, sejam senadores ou deputados que ocupam posições em nome do partido, que sigam rigorosamente o nosso regulamento, o nosso estatuto e o nosso regimento.”

Na segunda-feira, um membro do partido, o relator da CCJ, Sergio Zveiter (RJ), apresentou voto favorável à autorização para o STF analisar a denúncia que atinge o presidente. “Se eles me expulsarem, vai ser problema deles e não meu”, disse. “Faço parte de uma ala de um PMDB independente. Então, se fazer parte de um PMDB independente é querer um país melhor, eu me sinto digno de fazer parte disso.”

Zveiter afirmou que, após ler seu parecer, foi hostilizado por colegas do partido, como o vice-líder do governo na Câmara, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), e o deputado Mauro Pereira (PMDB-RS). Zveiter acusou Perondi de chamá-lo de “promotor” de forma irônica. “Eu falei para ele deixar de ser moleque”, disse.

PP

Na terça-feira, o primeiro partido a fechar questão sobre a rejeição à denúncia foi o PP. Segundo o líder da legenda na Câmara, Arthur Lira (AL), não foram definidas claramente as punições a quem desrespeitar a orientação. “Vamos ver primeiro a votação”, disse.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.