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Tragédia na Bahia expõe ligações delicadas de Sérgio Cabral

Governador do Rio de Janeiro voou em avião de Eike Batista para comemorar o aniversário de dono de construtora com quem o estado tem contratos de mais de um bilhão de reais

Por Da Redação
21 jun 2011, 20h20

A queda de um helicóptero em Trancoso, na última sexta-feira, matou sete pessoas e expôs o governador Sérgio Cabral a duas situações difíceis. A primeira, familiar. Entre as vítimas estava Mariana Noleto, de 20 anos, namorada de seu filho Marco Antônio. A segunda, política. A tragédia deixou evidentes as ligações delicadas do governador com empresários. Cabral viajou para a Bahia em avião emprestado por Eike Batista – que doou 750 mil reais para sua campanha e se comprometeu a investir 40 milhões de reais nas Unidades de Polícia Pacificadora – para comemorar o aniversário de Fernando Cavendish.

Dono da construtora Delta, que tem no governo do Rio de Janeiro um grande cliente, Cavendish acumula desde 2007 contratos cujo valor supera um bilhão de dólares, entre elas o Maracanã e o Arco Rodoviário. E Marcelo Mattoso de Almeida, que pilotava o helicóptero, foi um grande doleiro no Rio de Janeiro, nos anos 1990, e era dono do resort onde a festa aconteceria. O governador pediu licença do cargo até domingo, alegando razões particulares.

O governo do estado informou que Sérgio Cabral decolou do aeroporto Santos Dumont na sexta-feira, às 17h, no Legacy de Eike, junto com Marco Antônio, Mariana e a família Cavendish, rumo a Porto Seguro. A primeira-dama Adriana Anselmo desistiu da viagem, e ficou no Rio. De lá, para chegar até o Jacumã Ocean Resort, um luxuosíssimo empreendimento, era preciso voar de helicóptero. Como não havia lugar para todos, decidiu-se dar prioridade às mulheres e às crianças. O cronograma informado é apertado. O helicóptero decolou às 18h31m, uma hora e meia depois da saída do Santos Dumont. Cabral, Marco Antônio e Cavendish iriam no voo seguinte.

Em maio, VEJA publicou reportagem que relata o espantoso crescimento da Delta, e esmiuça as ligações da Delta com o ex-ministro José Dirceu, responsáveis pela transformação de Fernando Cavendish em “príncipe do PAC”. O empresário Romênio Marcelino Machado, dono da construtora Sigma e desafeto de Cavendish, enfatiza a amizade entre ele e Cabral. “A promiscuidade é total”.

Na manhã desta terça-feira foi localizado o corpo de Jordana Kfuri Cavendish, mulher de Fernando, a última das vítimas do acidente. A Agência Nacional de Aviação Civil informou que Marcelo Almeida estava com sua licença para pilotar vencida desde 2005, e utilizou os dados de outro piloto para voar na sexta-feira.

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