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Tragédia em Mariana: Prefeito de cidade no ES ameaça bloquear estrada de ferro da Vale

Por Da Redação
13 nov 2015, 09h49

O prefeito da cidade de Baixo Guandu, no interior do Espírito Santo, Neto Barros (PCdoB), ameaça colocar máquinas da administração municipal sobre a ferrovia da Vale, que corta o município do noroeste capixaba. A lama de rejeitos proveniente das barragens de Mariana pode chegar à cidade neste fim de semana e atingir o Rio Doce, cuja água garante o abastecimento da população de cerca de 30.000 habitantes.

Em mensagem no Facebook, o prefeito anunciou que colocaria “suas máquinas sobre os trilhos da estrada de ferro Vitória a Minas” para paralisar o transporte de minério de ferro. Barros disse que seu objetivo é expor e responsabilizar a empresa pelo “crime ambiental”. “Está claro que não havia nenhum plano de contenção ou prevenção de desastres. Presenciamos atônitos a um crime ambiental sem precedentes. Não poderá mais haver mineração nessa região”, disse.

Governador Valadares – Na tarde desta quinta-feira, moradores do município mineiro de Governador Valadares, a cerca de 170 quilômetros de distância de Baixo Guandu, realizaram um protesto e ocuparam a via férrea da Vale por quatro horas e meia. A empresa teve pedido de liminar aceito na Justiça para forçar a desobstrução do local, que acabou desocupado pacificamente.

Além de transporte de minérios, a ferrovia funciona também com vagões de passageiros. Segundo a Vale, as viagens entre Cariacica, na região metropolitana de Vitória, a Belo Horizonte levam um milhão de passageiros por ano no trajeto de 664 quilômetros. A viagem por todo o trecho tem tempo estimado em 13 horas.

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Comitê de urgência – O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, instituiu um comitê de gestão e avaliação de respostas imeditas ao desastre relacionado às barragens. O grupo foi criado por decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) e deve acompanhar as ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais afetados, recuperação de ecossistemas e reconstrução decorrentes do desastre.

A coordenação do comitê será de responsabilidade da Casa Civil da Presidência. A equipe ainda contará com integrantes dos ministérios da Integração Nacional, Justiça, Defesa, Minas e Energia, Meio Ambiente, Cultura, e Advocacia-Geral da União (AGU). Também poderão participar dos trabalhos do comitê representantes convidados de outros órgãos federais, dos governos dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, dos Ministérios Públicos Estaduais e do Ministério Público Federal.

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O Ministério Público Federal (MPF) também vai apurar todos os danos sociais e ambientais causados pelo rompimento das barragens. Isso será feito por meio da contratação de uma empresa especializada. A partir dessa apuração técnica, o MPF vai entrar com uma série de processos nas esferas civil e criminal contra a Samarco, empresa das mineradoras Vale e BHP.

Tragédia — No último dia 5, duas barragens da mineradora Samarco se romperam e a lama devastou o distrito de Bento Rodrigues. Ao menos seis pessoas morreram e 21 ainda estão desaparecidas. O desastre também atingiu outras áreas de Minas, além do Espírito Santo, e está sendo sentido na bacia do Rio Doce.

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(Com Estadão Conteúdo)

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