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Terceira campanha do desarmamento começa pelo Rio

Objetivo do Ministério da Justiça é recolher mais de 500 mil armas, mas até o momento só há verba para indenizar donos de 100 mil artefatos

Por Leo Pinheiro, do Rio de Janeiro
6 Maio 2011, 16h36

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes lançaram na manhã desta sexta-feira, no Rio de Janeiro, a Campanha Nacional de Desarmamento 2011. Prevista somente para o segundo semestre, a campanha foi antecipada por influência da comoção pública com o massacre da escola Tasso da Silveira, em Realengo.

Quase um mês após a tragédia no Rio, o ministro rebateu as críticas de que a campanha esteja sendo oportunista. “Mesmo que eu tivesse que fazer esta campanha sozinho eu faria, mas felizmente não estou. Estão me acusando de ser demagogo, mas esta campanha não foi decidida por mim. Ela é uma decisão conjunta do Ministério da Justiça, dos governadores como o Sérgio Cabral, dos prefeitos como o Eduardo Paes, da sociedade civil”, argumentou Cardozo.

Segundo o ministro, com a antecipação o governo pretende recuperar até 31 de dezembro um número maior do que as 500 mil armas coletadas nas duas campanhas anteriores, em 2009 e 2010. A verba do ministério para a campanha, no entanto, é de 10 milhões de reais – o que permite indenizar os proprietários de apenas 100 mil armas. O valor pago por cada artefato será de 100 a 300 reais, dependendo do calibre do armamento.

O ministro, no entanto, se compromete a brigar por aumento de verba, caso o orçamento se esgote. “A verba federal é de 10 milhões de reais, mas se faltar, eu vou buscar mais. O nosso objetivo é recolher o maior número possível de armas e, assim, garantir a segurança dos brasileiros”, disse. Cardozo também destacou outro diferencial da nova campanha ‘Tire uma Arma do Futuro do Brasil’. Pela primeira vez o armamento será inutilizado no momento da coleta, com o uso de marretas. A medida foi tomada para que não haja desvios.

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Além de quartéis do Exército e delegacias da polícia, ONGs de combate à violência, como o Viva Rio, igrejas e lojas maçônicas já se ofereceram para atuar conjuntamente com o governo.

Vítima de Realengo – Parentes de crianças mortas por Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, na Escola Municipal Tasso da Silveira, na manhã do dia 7 de abril, estiveram presentes no evento, realizado no Palácio da Cidade, em Botafogo, zona sul do Rio. O cabo do Exército reformado Raymundo Nazareth Freitas da Silva, pai de Ana Carolina da Silva, fez questão de apoiar a iniciativa do recolhimento das armas.

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