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Temer ficará longe de palanques no 1º turno

Nas eleições municipais, Temer avalia que ausência em palanques e em depoimentos minimiza atritos entre candidatos de sua base aliada

Por Daniel Pereira, Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 out 2020, 18h12 - Publicado em 20 jul 2016, 19h02

O presidente interino Michel Temer não pretende subir em palanques ou gravar depoimentos em favor de candidatos durante o primeiro turno das eleições municipais. Ele se manterá distante da disputa para evitar reclamações dos partidos que compõem a sua base aliada no Congresso, que competirão entre si pelo comando dos mais de 5.000 municípios do país. Em São Paulo, a base de Temer lançará, se confirmadas as pré-candidaturas já anunciadas, quatro nomes são considerados competitivos: Celso Russomano (PRB), Marta Suplicy (PMDB), João Dória (PSDB) e Andrea Matarazzo (PSD). No Rio, Marcelo Crivella (PRB) e Pedro Paulo (PMDB), ambos do consórcio que apoia o presidente interino, devem participar do páreo. Nenhum deles terá a ajuda do Planalto na rodada inicial.

Temer só participará do segundo turno e, mesmo assim, quando um governista enfrentar um oposicionista. Ele já prometeu jogar pesado, por exemplo, para garantir a vitória de qualquer um de seus apadrinhados em eventual segundo turno contra o petista Fernando Haddad, que tentará a reeleição na capital paulista. “Até pelo simbolismo, por ser emblemático, nossa prioridade é vencer em São Paulo”, diz um ministro.

Temer promete uma postura contrária à adotada pelo ex-presidente Lula em eleições anteriores. Lula sempre foi acusado de privilegiar o PT em detrimento de seus aliados de então. Não tinha pudores de pedir votos para um petista que rivalizasse com um peemedebista, mesmo sendo o PMDB o principal parceiro de seu governo no Congresso. Essa prática deixou vários ressentidos pelo caminho. A lista inclui o senador Eunício Oliveira, candidato derrotado ao governo do Ceará, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, candidato derrotado ao governo do Rio Grande do Norte, e o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, candidato derrotado ao Senado pela Bahia. Entre os vários pretextos usados pelo PMDB para desembarcar da gestão Dilma Rousseff e trabalhar pelo impeachment da presidente, despontava o descontentamento do partido com o que chamava de “hegemonismo petista”. A isenção deve ser seguida pelos auxiliares do presidente interino. Com uma exceção: os ministros poderão fazer campanha em seus redutos eleitorais.

Temer não quer criar problemas com a base aliada durante a corrida municipal porque dependerá dela para votar sua agenda econômica no Congresso. O pacote é de difícil aprovação. Ele inclui medidas que dependem dos votos de três quintos de deputados e senadores, como a proposta de emenda constitucional que impõe um teto para o crescimento das despesas públicos. Além disso, trará iniciativas impopulares, como a reforma da Previdência e mudanças na legislação trabalhista.

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