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Temer desautoriza fala de ministro sobre caixa 2

Geddel Vieira Lima afirmou não ver problema na prática. "Não é a posição do governo", disse o presidente

Por Da redação
Atualizado em 21 set 2016, 18h20 - Publicado em 21 set 2016, 17h24

O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira que foi “supreendente” a declaração de seu articulador político, Geddel Vieira Lima, em favor da proposta que anistia a prática de caixa dois em campanhas eleitorais. “Pessoalmente eu acho que não é bom, mas vou chegar lá, quero esclarecer isso”, declarou Temer em entrevista coletiva em Nova York.

Segundo ele, a posição de Geddel é “personalíssima” e não reflete a posição do governo. “Eu pessoalmente acho que isso é matéria do Congresso Nacional, mas não vejo razão para prosseguir ou prosperar nesta matéria”, ressaltou.

Mas o presidente não quis discutir a orientação que dará à sua base na votação do assunto no Congresso Nacional. Temer ressaltou que não pretende interferir na atuação do Legislativo.

Nesta terça-feira, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou que o Palácio do Planalto não foi consultado sobre a tentativa de votar a anistia à prática do caixa dois, mas disse ser “pessoalmente” a favor da medida.

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Para Geddel, se o Ministério Público Federal propôs um projeto para criminalizar o caixa dois, isso significa que esse tipo de prática não é considerado crime hoje em dia. Segundo o ministro, uma coisa é o político ser penalizado com base na legislação eleitoral e outra é o que vem acontecendo no âmbito da Operação Lava Jato, em que as condenações têm sido por corrupção e lavagem de dinheiro.

Na segunda, em uma tentativa atrapalhada, líderes de praticamente todos os grandes partidos tentaram articular a votação de uma proposta com esse fim. Foi colocado em pauta um projeto de 2007 sobre mudanças em regras eleitorais e uma emenda seria proposta para que houvesse anistia aos políticos que praticaram caixa dois no passado.

Ninguém assumiu a autoria da proposta, mas as articulações da iniciativa teriam contado com o aval do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está interinamente ocupando o cargo de presidente da República enquanto Michel Temer está nos Estados Unidos.

Polarização 

Temer também disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “tem condições” de ir ao Poder Judiciário e apresentar seus argumentos de defesa no processo em que é acusado de corrupção na Operação Lava Jato, que foi aceito pelo juiz Sergio Moro nesta terça-feira. “Se eu estivesse no lugar dele iria ao Judiciário para debater.”

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Perguntado se a aceitação da denúncia contra o petista polarizaria ainda mais o país, o presidente disse que essa polarização deve ocorrer no plano jurídico. “Não sei quais serão as reações. Acho que deve polarizar no plano jurídico. Certa e seguramente, eu espero que seja assim. O sr. ex-presidente tem condições de ir ao Judiciário e, aí sim, polarizar com argumentos.”

Temer disse que não se manifestaria sobre a atuação do Poder Judiciário ou do Ministério Público, que são independentes. “Não será o Poder Executivo que vai julgar”, afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)

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