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Temer critica Dilma por tratar processo de impeachment como golpe

"Cada passo do impeachment está na Constituição", disse à imprensa americana. "Como isso poderia ser chamado de golpe?" Vice também afirmou que, caso petista seja afastada, estará pronto para assumir e terá "na cabeça" nomes para o governo

Por Da Redação
21 abr 2016, 19h19

O vice-presidente Michel Temer defendeu nesta quinta-feira o processo de impeachment, admitiu articulações para a formação de governo e disse que, caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada do Planalto, já terá “na cabeça” os nomes para o ministério. Em entrevista à agência de notícias Dow Jones, ele também criticou a presidente por tratá-lo como conspirador, e o impeachment, como golpe: “Cada passo do impeachment está na Constituição. Como isso poderia ser chamado de golpe?”. Na entrevista à agência de notícias, Temer disse que está pronto para assumir e rebateu as acusações de que esteja conspirando contra Dilma. “Ela (Dilma) tem dito que eu sou um conspirador, o que obviamente é algo triste para mim e para a Vice-Presidência da República”, lamentou.

Dilma embarcou nesta quinta-feira rumo a Nova York, para a reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), e com isso o vice assume interinamente a Presidência. Sua ideia inicial era permanecer em São Paulo até a volta de Dilma, mas decidiu deslocar-se até Brasília após um protesto na manhã de hoje em frente à sua casa, na Zona Oeste da capital paulista. Ele foi aconselhado a seguir para Brasília para evitar que sua casa em São Paulo se transforme em alvo permanente de manifestações. Temer vai despachar do Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.

Na capital federal, o peemedebista deve prosseguir com as articulações políticas para a montagem de seu iminente governo. Temer afirmou à Dow Jones que espera construir uma coalizão para governar o país caso o Senado acolha a denúncia contra Dilma, o que levará ao afastamento da presidente por até 180 dias. “Quando o tempo chegar, eu terei um gabinete na cabeça e, apenas nesse momento, irei revelar nomes”, disse. Conforme o rito na Casa, que prevê a formação de uma comissão especial, a votação está prevista para 12 de maio.

Em entrevista a correspondentes internacionais nesta semana, a petista alegou estar sendo alvo de ações de conspiradores que tentam tirá-la do poder. Em seu discurso na reunião da ONU nos Estados Unidos, Dilma deve insistir na tese de que o processo de impeachment, admitido por 367 deputados federais no domingo passado e fiscalizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é golpe.

(com Estadão Conteúdo)

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