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Temer convoca reunião ministerial para discutir situação de venezuelanos

Medidas envolverão envio de homens da Força Nacional, construção de abrigos e 'linhão' que reduza dependência energética de Roraima do país vizinho

Por Da Redação
Atualizado em 20 ago 2018, 13h22 - Publicado em 20 ago 2018, 08h08

O presidente Michel Temer (MDB) convocou uma reunião entre seus principais ministros para a tarde desta segunda-feira, 20, com o objetivo de discutir soluções para o conflito entre brasileiros e venezuelanos em Roraima, iniciado no último sábado.

Foram convocados os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), general Joaquim Silva e Luna (Defesa), Moreira Franco (Minas e Energia), Edson Duarte (Meio Ambiente), Gustavo Rocha (Direitos Humanos), Carlos Marun (Governo), general Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional), Grace Mendonça (Advocacia-Geral da União), Esteves Colnago (Planejamento), Rossieli Soares (Educação) e Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), além dos secretários-executivos Gilson Libório (Justiça), Marcos Galvão (Relações Exteriores), Luís Carlos Cazetta (Segurança Pública).

Também foram chamados os presidentes da Funai, Wallace Bastos, do Ibama, Suely Guimarães, e da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, o diretor de saneamento da Caixa, Antônio Gil da Silveira, e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB), que é senador por Roraima.

Em uma primeira reunião, de cerca de cinco horas no domingo, Temer decidiu enviar 120 homens da Força Nacional e 36 voluntários do Ministério da Saúde. O envio ainda não tem data definida, mas já foi acertado que será feito em duas levas de sessenta homens, totalizando 151, com os 31 que já estão na cidade de Pacaraima, próximo à fronteira com a Venezuela, onde o conflito se iniciou.

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As primeiras propostas são a construção de dez abrigos definitivos para imigrantes, um abrigo de transição na fronteira, com atendimento humanitário que facilite a interiorização e reduza o número de pessoas nas ruas. Ainda, com o Ministério de Minas e Energia e a Eletrobras, serão intensificadas as negociações para a construção de um “linhão” que integre o sistema elétrico de Roraima com o do restante do Brasil e afaste o risco de desabastecimento, uma vez que, hoje, o estado depende da Venezuela nesse segmento.

Em nota, a Presidência da República disse que governo federal “está comprometido com a proteção da integridade de brasileiros e venezuelanos” e que o Itamaraty está em contato com as autoridades venezuelanas. O Exército estima que 1.200 imigrantes tenham retornado à Venezuela até o momento. Empresários e comerciantes locais estimam em 3.000 pessoas.

Conflito

A revolta deste sábado começou em decorrência do assalto a um dos moradores de Pacaraima, o comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, de 55 anos, que teve a casa invadida e foi espancado durante um assalto que teria sido praticado por quatro venezuelanos. Atingido na cabeça, o homem foi levado para uma hospital da capital, Boa Vista, por causa dos ferimentos.

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Brasileiros organizaram uma manifestação contra a entrada de venezuelanos no país, mas o protesto resultou em atos de violência contra os refugiados. Agressões físicas foram registradas e as tendas onde os estrangeiros estavam abrigados foram destruídas.

Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram brasileiros ateando fogo a pilhas com objetos dos acampamentos montados pelos venezuelanos. Eles cantavam o Hino Nacional enquanto vandalizavam os centros de acolhida de imigrantes. Também há imagens de moradores que se desentenderam com policiais venezuelanos na região fronteiriça. Guardas armados aparecem no território do país vizinho pedindo calma a um grupo que disparava insultos e provocações.

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O intenso fluxo migratório se dá em razão da crise humanitária que vive a Venezuela. Além da violenta repressão empreendida pela ditadura de Nicolás Maduro, o país sofre graves problemas econômicos, registrando uma hiperinflação e o desabastecimento de produtos básicos dos supermercados.

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