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Temer convida cúpula do PSDB para jantar no Jaburu

Presidente interino tenta reaproximação com a sigla, irritada com antecipação do debate eleitoral

Por Da redação
16 ago 2016, 16h58

Em mais uma tentativa de se reunir para conversar com os tucanos, com objetivo de azeitar as relações com o governo, o presidente em exercício, Michel Temer, convidou o senador Aécio Neves e a cúpula do PSDB no Congresso para um jantar nesta terça-feira no Palácio do Jaburu.

Temer quer pedir apoio dos tucanos ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que tem sido alvo de críticas das lideranças do partido. O PSDB ficou também incomodado com a antecipação do debate sobre as eleições de 2018, mesmo Michel Temer reiterando que não será candidato. O incômodo com Meirelles tem a ver ainda com o fato de ele ser também um potencial candidato ao Planalto, nas eleições de 2018. Além disso, o PSDB tinha feito críticas ao governo também por considerar que o Planalto estava cedendo demais aos partidos em pontos que considera fundamentais do ajuste fiscal.

A antecipação do debate das eleições de 2018 trazido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendendo a candidatura de Temer em 2018 irritou os tucanos, que aspiram à Presidência e têm três candidatos presidenciáveis – Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra – e gostariam de contar com apoio do PMDB lá na frente. Mas interlocutores do presidente têm ressaltado que o momento é de mirar na aprovação dos ajustes, para resgatar a confiança na economia, permitindo, assim, que o Brasil possa voltar a crescer e gerar os empregos perdidos nos últimos anos da administração petista. Sem essa recuperação da economia e dos empregos, alertam assessores palacianos, não há melhoria no cenário e ninguém consegue apoio da população, para ser convertido em votos para 2018, já que a popularidade do governo, assim como dos partidos aliados, não anda bem.

Portanto, o esforço do governo é para que todos se entendam, se ajudem e foquem, primeiro, na aprovação das medidas que permitirão recuperação do país e, em consequência, ajude a recuperar a popularidade do governo e dos aliados. O governo quer evitar que toda essa polêmica acabe minando as relações entre aliados, neste momento.

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No jantar, Temer pretende reiterar que não é candidato a nada em 2018 e que precisa de apoio agora, não só para vencer o impeachment no Senado, como para aprovar medidas econômicas no Congresso para que, depois, se discuta eleição presidencial, sem deixar contaminar o ambiente agora.

O encontro com os tucanos, marcado para hoje à noite, já havia sido tentado pelo Planalto na semana passada, mas uma votação no Senado acabou atrapalhando os planos de Temer. Hoje está prevista a votação da Desvinculação de Receitas da União (DRU). Com isso, se por acaso não houver jantar, o encontro será remarcado para um café da manhã, para amanhã.

(Com Estadão Conteúdo)

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