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Temer anuncia reforma ministerial e quer concluí-la até dezembro

Pressionado por partidos do Centrão, presidente iniciará mudanças na Esplanada depois do pedido de demissão de Bruno Araújo (PSDB) da pasta das Cidades

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 nov 2017, 21h31 - Publicado em 13 nov 2017, 21h27

Depois de o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), pedir demissão, na tarde desta segunda-feira, o presidente Michel Temer (PMDB) divulgou um comunicado em que agradece ao tucano “pelos bons serviços prestados” e anuncia que iniciará uma reforma ministerial, “que estará concluída até meados de dezembro”.

O presidente vinha sendo pressionado pelo chamado “Centrão”, que inclui partidos como PP, PSD, PR, PRB e PTB, a mexer na configuração do primeiro escalão do governo. Os líderes do grupo condicionam à reforma ministerial a aprovação de medidas econômicas propostas pelo Planalto, sobretudo a reforma da Previdência em tramitação na Câmara, principal trunfo do legado reformista que Temer pretende deixar.

O principal pleito do “Centrão” era pela saída dos ministros do PSDB, que, até a saída de Araújo, ocupavam quatro pastas. Apesar do espaço na Esplanada dos Ministérios, os tucanos não apoiaram maciçamente o presidente nas votações das denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele na Câmara. Na votação da segunda acusação da PGR, pelos crimes de organização criminosa e obstrução à Justiça, a maioria dos deputados do PSDB votou contra Temer.

O Ministério das Cidades, do qual Bruno Araújo se demitiu hoje, tem um orçamento de cerca de 20 bilhões de reais em 2017 e é cobiçado por políticos por seu potencial eleitoral. Entre as atribuições da pasta está a administração dos recursos do programa Minha Casa, Minha Vida.

Em sua carta de demissão entregue a Michel Temer, Araújo agradeceu a confiança do presidente e afirmou que já não há, no partido, “apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa”. Fora do governo, ele deve reassumir seu mandato de deputado federal por Pernambuco.

A saída de Araújo da pasta, que abriu caminho para a reforma ministerial, deu-se em meio ao recrudescimento do racha entre as fileiras governista e oposicionista do PSDB. No último sábado, o senador Aécio Neves (MG), presidente afastado da sigla e principal fiador da permanência do partido na Esplanada dos Ministérios, declarou que a legenda sairia do governo “pela porta da frente”. Outra ala do partido, que inclui nomes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Tasso Jereissati (CE), defende a ideia de que o partido deve desembarcar do governo o quanto antes.

Além do agora ex-ministro das Cidades, os outros tucanos na gestão Temer são Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

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