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STJ nega suspender investigação contra Flávio Bolsonaro sobre ‘rachadinha’

Senador é investigado desde janeiro de 2018 sob a suspeita da prática da irregularidade quando era deputado na Alerj

Por Da Redação Atualizado em 18 abr 2020, 15h38 - Publicado em 17 abr 2020, 22h51

O ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, (STJ) negou nesta sexta-feira, 17, um habeas corpus pedido pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republianos) para suspender as investigações sobre um esquema de ‘rachadinha’ em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na época em que ele era deputado estadual.

A VEJA, Frederic Wassef, advogado de Flávio, ressaltou que se trata de uma decisão monocrática, passível de reconsideração. Afirmou ainda que, como não teve acesso ao teor da decisão, não pode comentá-la. Desde o início do caso, a defesa do senador alega que há uma série de irregularidades na investigação conduzida pelo Ministério Público do Rio, que deveriam resultar na anulação do processo. Essa tese tem sido derrotada em diferentes instâncias da Justiça. Já houve nove tentativas fracassadas de arquivar o caso.

Além do senador, a investigação tem como personagem central o ex-policial militar Fabrício Queiroz, amigo de longa data do presidente Jair Bolsonaro e mandachuva no gabinete de seu filho Flávio na Assembleia do Rio. Um relatório do órgão de inteligência financeira do governo — o antigo Coaf, rebatizado de UIF — detectou que Queiroz movimentou uma dinheirama incompatível com sua remuneração mensal quando trabalhava para o Zero Um. Entre 2014 e 2015, foram 5,8 milhões de reais. Entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, mais 1,2 milhão de reais. O relatório também registrou que Queiroz depositou 24 000 reais na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Queiroz enfrenta sérios problemas de saúde. Ele passou por uma cirurgia no mês passado para a retirada da próstata. Faz tempo que enfrenta também um tratamento de câncer no intestino. Desde que suas movimentações financeiras suspeitas se tornaram públicas, ele sumiu do mapa e vive em paradeiro desconhecido, mas não abandonado. Em áudio a que VEJA teve acesso, Queiroz disse a um amigo, de identidade desconhecida, antes de ser operado: “Valeu, valeu, meu irmãozão. Obrigado por tudo aí, tá? Gratidão não prescreve, cara, não prescreve mesmo. O que você está fazendo pelas minhas filhas aí, cara, não tem preço. Serei eternamente grato, entendeu?”. A gratidão do antigo amigo interessa a muita gente, inclusive à primeira-família da República.

Auxiliares do presidente temem que a derrota no STJ e a situação de debilidade do governo em razão do coronavírus pavimentem o caminho para a Justiça decretar alguma medida restritiva contra Queiroz e suas filhas, aquelas que, protegidas até agora, garantem seu silêncio e a sua gratidão.

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