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STJ autoriza quebra do sigilo telefônico de Pezão e Cabral

Ministro permitiu que investigadores tenham acesso a conversas que podem comprovar as negociações entre os peemedebistas e empreiteiros

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jun 2015, 19h46

O ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou a quebra de sigilo telefônico do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), do ex-governador Sergio Cabral e do ex-secretário da Casa Civil no governo Cabral, Régis Fichtner. Os três são alvo de inquérito por suspeitas de terem negociado dinheiro desviado do esquema do petrolão.

O objetivo é monitorar conversas entre eles e empreiteiros entre 2009 e 2010, época na qual, segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Pezão e Cabral receberam 30 milhões de reais em caixa dois de empreiteiras do chamado clube do bilhão.

De acordo com depoimento do ex-dirigente da estatal, um dos principais colaboradores da Justiça na Operação Lava Jato, no primeiro semestre de 2010 ele foi chamado diretamente pelo então governador Sergio Cabral para discutir contribuições de campanha à reeleição. No encontro, estavam presentes Pezão e o então secretário Regis Fichtner. Coube ao ex-diretor arrecadar dinheiro para o caixa dois do peemedebista com empreiteiras que atuavam no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), como a Skanska, a Alusa e a Techint. O consócio Conpar, formado pelas empreiteiras Odebrecht, UTC e OAS, desembolsou sozinho metade do caixa dois: 15 milhões de reais.

Em seu depoimento, Paulo Roberto Costa disse ter “convicção” de que o dinheiro, retirado do próprio caixa das empresas, chegou ao caixa de campanha de Cabral e Pezão “porque o governador não tocou mais no assunto”. Também está sendo investigado no STJ por suspeitas de participar do petrolão o atual governador do Acre, Tião Viana (PT). Em depoimentos no acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público, Paulo Roberto Costa informou que o petista recebeu 300.000 reais do “caixa da propina” da Petrobras.

Em nota, o ex-governador Sérgio Cabral disse que “respeita o processo judicial e reitera o seu repúdio e a sua indignação às mentiras ditas pelo delator Paulo Roberto Costa”. Régis Fichtner afirmou que “diante das inverdades ditas pelo delator Paulo Roberto Costa, cabe à Justiça investigar os fatos” e declarou que “a quebra de sigilo telefônico, diante disso, é natural e servirá apenas para demonstrar que jamais falei com ele ao telefone sobre qualquer assunto”. O governador Luiz Fernando Pezão não se pronunciou até o momento.

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