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STF suspende votação sobre retroatividade da Lei de Improbidade

Julgamento será retomado nesta quinta; ministros apresentaram votos com abrangências divergentes e ainda não foi formada maioria

Por Da Redação 17 ago 2022, 21h16

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (17) o julgamento sobre a constitucionalidade das alterações promovidas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429 de 1992). A norma trata das punições a agentes nos casos em que provoquem danos aos cofres públicos.

A discussão principal está em torno da retroatividade da lei, ou seja, se os benefícios podem alcançar as pessoas que já foram condenadas em processo transitado em julgado, ou seja, no qual não há possibilidade de recursos, e no caso de quem ainda responde a processo em tramitação. A prescrição da punição também é discutida.

Até o momento, seis ministros proferiram seus votos, mas não foi formada maioria de votos sobre as questões discutidas. Após a manifestação dos ministros, a sessão foi suspensa e será retomada nesta quinta com os votos restantes. O caso começou a ser julgado no dia 3 de agosto.

A posição de Edson Fachin e Luís Roberto Barroso foi oposta à da maioria até o momento, que deram votos favoráveis à retroatividade, entendimento que deve beneficiar políticos envolvidos em atos contra a administração pública. Esse foi o voto dos ministros Nunes Marques, Dias Toffoli, André Mendonça e Alexandre de Moraes, relator da ação.

O resultado do julgamento terá impacto nas candidaturas de políticos que foram beneficiados pelas mudanças e liberados para concorrer às eleições de outubro. Antes da mudança na lei, esses políticos estavam inelegíveis.

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As mudanças foram aprovadas pelo Congresso na Lei 14.230 de 2021 e sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro em outubro do ano passado. O texto final flexibilizou a lei para exigir a comprovação de intenção (dolo) para a condenação de agentes públicos.

A norma aprovada deixou de prever punição para atos culposos (sem intenção) e alterou os prazos prescricionais de ações judiciais.

Pela Constituição, novas normas penais podem retroagir para beneficiar condenados em ações criminais. Os defensores da retroatividade sustentam que a nova lei definiu que as condutas de improbidade têm natureza de direito sancionador, ou seja, também devem retroagir.

Com Agência Brasil

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