STF pede quebra de sigilo de deputado aliado de Renan
Aníbal Gomes foi apontado por Paulo Roberto Costa como um 'interlocutor' no contato com a diretoria da Petrobras
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE). O parlamentar é apontado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como um “interlocutor” do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no contato com a diretoria da estatal.
O pedido de quebra de sigilo no inquérito que investiga Calheiros e Gomes foi encaminhado pela Polícia Federal no último dia 7 e os ofícios com solicitação de dados à Receita Federal e ao Banco Central foram enviados nesta segunda-feira.
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Devem ser disponibilizadas para as investigações as movimentações bancárias do parlamentar referentes ao período de 20 de setembro de 2008 a 31 de dezembro de 2014. Também foi autorizada a quebra de sigilo bancário, no mesmo período, de Luiz Carlos Sá e do advogado Paulo Baeta Neves. Já a quebra de sigilo fiscal fica restrita ao período entre 1º de janeiro de 2008 e 31 de dezembro de 2014. Além de Aníbal Gomes, também foram solicitados dados fiscais de Luiz Carlos Sá.
Quando o STF autorizou a abertura de inquérito para investigar Renan Calheiros e Aníbal Gomes, o presidente do Senado disse nunca ter autorizado o deputado peemedebista a falar em seu nome. Gomes também negou ser um “emissário” de Renan.
A defesa de Renan, ao saber pela imprensa da solicitação de quebra de sigilo no inquérito que envolve o parlamentar, deixou à disposição do Supremo as movimentações bancárias e fiscais do presidente do Senado. O procedimento tramita em segredo de Justiça.
(Com Estadão Conteúdo)