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STF concede a Bumlai direito de ficar calado na CPI do BNDES

Pecuarista foi convocado para comparecer à comissão da Câmara nesta terça-feira; ele foi preso na semana passada na 21ª fase da Operação Lava Jato

Por Da Redação
1 dez 2015, 08h09

O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu um habeas corpus ao pecuarista José Carlos Bumlai para que ele tenha garantido o direito de permanecer calado durante o depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, na Câmara dos Deputados. A decisão é do ministro Marco Aurélio Mello.

A comissão foi instaurada para apurar supostas irregularidades em concessão de empréstimos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A convocação do amigo do ex-presidente Lula foi adiada para esta terça-feira, depois que Bumlai foi preso pela Polícia Federal no dia 24 de novembro, o mesmo dia em que deveria comparecer à CPI. A liminar também assegura ao pecuarista o direito de não assinar termo de compromisso de dizer a verdade, além de ser assistido por advogado durante a sessão. A tentativa inicial da defesa era dispensá-lo de comparecer à Câmara.

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De acordo com os advogados, o pecuarista não tem nada a acrescentar às investigações da comissão. O documento diz também que a presença do amigo de Lula poderia ser usada como “objeto de jogo político” ao submetê-lo “a perguntas acaloradas e até mesmo a acusações levianas, transmitidas em rede nacional”. “Qual é a justificativa para gastar milhares de reais do dinheiro público o escoltando até a Câmara dos Deputados, instaurar a audiência e trazê-lo de volta? Fosse apenas para registrar as perguntas, bastava fazê-las constar em ofício e juntar ao relatório final do inquérito”, argumenta a defesa.

O deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), que preside a CPI do BNDES, informou ao Supremo que a convocação de Bumlai seria mantida mesmo diante do silêncio do investigado. “Caso [Bumlai] não compareça esta CPI tomará as medidas legais cabíveis para que haja a sua oitiva”, afirmou o deputado. O comando da CPI do BNDES queria pressionar Bumlai a falar e mostrar que, se usasse direito constitucional de permanecer calado, ele seria ainda mais atacado por integrantes da CPI. “A liminar coloca por terra a nossa estratégia de tentar fazê-lo falar”, informou o deputado.

Nesta segunda-feira, o juiz federal Sérgio Moro, que determinou a prisão dele, negou pedido da defesa para que o empresário fosse dispensado do testemunho. Bumlai foi preso, preventivamente, na terçapassada na 21ª fase da Operação Lava Jato. Ele é investigado, entre outras coisas, por ter contraído empréstimo de 12 milhões de reais com o Banco Schahin para pagar dívidas do PT. Bumlai também é acusado de ter tomado empréstimos de mais de 500 milhões de reais com o BNDES que não foram pagos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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