O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira habeas corpus em favor do pecuarista José Carlos Bumlai e, por razões processuais, determinou o arquivamento do pedido de liberdade do empresário. Preso na 21ª fase da Operação Lava Jato, Bumlai alegava que sua prisão era ilegal. Ele utilizava a amizade que tinha com o ex-presidente Lula em negociações empresariais e, segundo os investigadores do escândalo do petrolão, o empresário atuou diretamente em um esquema de corrupção envolvendo a contratação da Schahin pela Petrobras para operação de um navio sonda. A transação só ocorreu após o pagamento de propina a dirigentes da Petrobras, ao próprio pecuarista e ao PT. A exemplo do escândalo do mensalão, o pagamento de dinheiro sujo, segundo a força-tarefa da Lava Jato, foi camuflado a partir da simulação de um empréstimo no banco Schahin no valor de 12,17 milhões de reais. (Laryssa Borges, de Brasília)