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Sou alvo de governistas todo dia, diz presidente da CPMI das Fake News

Angelo Coronel diz que sua maior preocupação no momento é de não deixar a comissão se transformar em um 'palanque eleitora'

Por Leandro Resende
24 out 2019, 19h54

O presidente da CPMI das Fake News, senador Angelo Coronel (PSD-BA) afirmou à VEJA que é vítima “todos os dias” de ataques e de notícias falsas espalhadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo ele, que chegou a ser ameaçado de morte quando assumiu o comando do grupo, no mês passado, sua maior preocupação no momento é de não deixar a comissão se transformar em um “palanque eleitoral”. “Se todo mundo que brigar com o presidente quiser ir lá, vai virar um circo. Tem que ver com o que as pessoas podem contribuir”, declarou.

O senador afirmou, ainda, que os ataques que sofre tem “a mesma cara” de outros alvos dos apoiadores do presidente, como os ex-ministros Gustavo Bebianno e Santos Cruz. “Dá para ver que são robôs, porque programaram para me atacar com perfis falsos e sempre eles repetem as mesmas coisas”, afirmou. Coronel negou que esteja sofrendo pressões no comando da CPMI e prometeu que a elaboração do cronograma de oitivas será “imparcial”. Mais cedo, nesta quinta-feira 24,o líder do PSL na Câmara, deputado Eduardo Bolsonaro (SP) usou o Twitter para chamar a Comissão de “esculhambação”.

Nesta quarta-feira 23, a CPMI aprovou 160 requerimentos. Entre eles está a convocação de parlamentares que entraram em rota de colisão com o presidente Jair Bolsonaro, como os deputados do PSL Joice Hasselmann (SP) e Delegado Waldir (GO), além da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Assessores do presidente e representantes de empresas também foram convocadas. Coronel disse ainda não estar certo da contribuição que os que brigaram com o governo pode dar.

Nesta semana, Joice Hasselmann afirmou que há uma “milícia digital” e um “gabinete da maldade” ligado ao Planalto, que usa perfis falsos e robôs para atacar adversários. “Precisamos saber se o que ela e outros dizem é só desabafo. Se for só raiva política, não terá relevância”, resumiu o senador. Entre outros pontos, ele defende que o combate às fake news atue na mudança das legislações para, por exemplo, obrigar Facebook, WhatsApp, Twitter e Instagram a atuarem no Brasil, com previsão de multa para quem demorar demais a retirar um conteúdo considerado prejudicial a alguém do ar. “Não é censura. Quem espalha mentira com perfil falso está cometendo crime”, opinou.

Nesta terça-feira 29, a CPMI irá receber três especialistas em cyberbulling. “A comissão tem três frentes. Uma delas diz respeito às eleições de 2018, mas não vou me pautar só por isso. Tenho que me manter frio”, garantiu.

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