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Sob tensão, Câmara instala hoje nova CPI da Petrobras

Comissão abre trabalhos com base aliada desarticulada e às vésperas dos pedidos da Procuradoria-Geral da República de investigação contra políticos

Por Da Redação
26 fev 2015, 08h05

Em um ambiente desfavorável ao governo, a Câmara instala nesta quinta-feira a Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar o esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. O PT vai ocupar a relatoria da CPI, que tem uma composição relativamente equilibrada entre governistas e oposicionistas. Mas o clima entre os deputados é tenso.

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A CPI será instalada em meio a uma base aliada desarticulada e na iminência dos pedidos da Procuradoria-Geral da República de investigação ou mesmo denúncias contra os parlamentares.

Dos 27 integrantes da CPI, doze apoiaram Dilma Rousseff (PT) nas eleições presidenciais de 2014 e nove apoiaram o senador Aécio Neves (PSDB). Estiveram com Dilma: João Carlos Bacelar (PR-BA), Leônidas Cristino (PROS-CE), Paulo Magalhães (PSD-BA), Silas Câmara (PSD-AM), Valmir Prascidelli (PT-SP), Luiz Sérgio (PT-RJ), Afonso Florence (PT-BA), Lázaro Botelho (PP-TO), Cacá Leão (PP-BA), Hugo Motta (PMDB-PB), Celso Pansera (PMDB-RJ) e Félix Mendonça Júnior (PDT-BA ).

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Aécio foi apoiado por Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Paulo Pereira da Silva (SD-SP), André Moura (PSC-SE), Bruno Covas (PSDB-SP), Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Júlio Delgado (PSB-MG), Otavio Leite (PSDB-RJ), Rodrigo Martins (PSB-PI), Eliziane Gama (PPS-MA) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). Dois se colocaram como independentes: Ivan Valente (PSOL-SP) e Altineu Côrtes (PR-RJ). Os deputados Edio Lopes (PMDB-RR) e Kaio Maniçoba (PHS-PE) não foram localizados. Ainda falta uma vaga a ser indicada pelo bloco do PMDB.

Mesmo quem apoiou Dilma promete postura “independente” na CPI. “Apoiei Dilma porque sou do Amazonas e o meu Estado foi contemplado com uma movimentação de governo que prorrogou o polo industrial de Manaus por cinquenta anos e a gente não rema contra a maré. Mas isso não quer dizer que sou governista”, diz o deputado Silas Câmara (PSD-AM), um dos integrantes da CPI.

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“O ambiente político de disputa é natural da democracia, do parlamento e da CPI. Há um ambiente para além da mera demarcação de posição política, (mas) há também aspectos a serem investigados no âmbito da CPI”, avalia o deputado Afonso Florense (PT-BA), que também integra a comissão.

Para agravar ainda mais a situação, o Palácio do Planalto vive sua maior crise com o PMDB, segunda maior bancada da Câmara e ocupante da presidência da CPI, com o deputado Hugo Motta (PMDB-PB). Ao contrário do ano passado, quando foi instalada uma comissão mista e o governo tinha apoio peemedebista no Senado, esta CPI acontecerá apenas na Câmara, ambiente onde a base está esfacelada.

No início da semana, no entanto, o PT fez acenos ao PMDB em busca de uma reaproximação e recebeu em troca a relatoria da comissão, que será ocupada pelo ex-ministro de Relações Institucionais do primeiro governo Dilma Rousseff, Luiz Sérgio (PT-RJ).

(Com Estadão Conteúdo)

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