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Sininho e mais dois black blocs deixam a prisão no Rio

Justiça permitiu que 23 black blocs, acusados de atos violentos, respondam em liberdade a processo por associação criminosa armada

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
24 jul 2014, 18h07

Os black blocs Elisa Quadros, a Sininho, Camila Jourdan e Igor D’Icarahy deixaram a prisão na tarde desta quinta-feira no Rio de Janeiro. Eles estavam presos desde o dia 12 de julho, véspera da final da Copa do Mundo, por planejar e participar de atos violentos em manifestações de rua. O trio deixou a prisão beneficiado por um habeas corpus concedido pelo desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão judicial permite que respondam em liberdade a processo por associação criminosa armada.

A decisão beneficia 23 black blocs, mas dois deles – Fábio Raposo e Caio Silva – continuarão detidos porque restam contra eles ordens de prisão preventiva expedidas pelo assassinato do cinegrafista Santiago Andrade. Dezoito beneficiados estavam foragidos.

Sininho e Camila estavam detidas na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, e Igor D’Icarahy estava preso na Cadeia Pública José Frederico Marques. As unidades prisionais ficam no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Por volta das 18 horas, um grupo de baderneiros que aguardava a saída dos três agrediu fotógrafos e cinegrafistas.

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O grupo de 23 foi investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na Operação Firewall. Dezenove foram presos na véspera da final da Copa do Mundo acusados de organizar protestos violentos que seriam realizados durante a partida. Durante o cumprimento dos mandados de prisão, foram apreendidas garrafas, litros de combustível, um revólver e uma bomba caseira.

O desembargador Siro Darlan afirmou que não analisou o processo na íntegra, mas se baseou em informações enviadas formalmente pelo juiz Flávio Itabaiana Nicolau sobre a necessidade das prisões dos 23. “O juiz mandou as informações para análise e, neste momento, não preciso analisar o inquérito. Constatei que a prisão não era necessária e que podiam permanecer em liberdade com medidas cautelares”, afirmou ao site VEJA.

Para impedir a fuga dos 23, o desembargador determinou que eles entreguem até a noite desta quinta-feira os passaportes para a Justiça. Também obrigou que eles compareçam mensalmente à 27ª Vara Criminal da Capital do Rio, onde corre o processo por associação criminosa, para informar e justificar atividades no período. Foram ainda proibidos de sair da cidade sem prévia autorização judicial. Se qualquer uma dessas medidas for desrespeitada, a prisão preventiva será imediatamente decretada.

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Na decisão, o desembargador menciona o entendimento do Ministério Público do Rio de Janeiro em relação aos acusados Camila Jourdan e Igor D’Icarahy. Além da ordem de prisão por associação criminosa armada, o casal foi preso em flagrante no dia 12 de julho pela posse de uma bomba caseira com capacidade letal. Mas, a partir da concordância da Promotoria, ganharam o direito de responder a esse crime em liberdade. Continuavam, no entanto, presos devido à ordem de prisão preventiva no processo por associação criminosa.

Este é o primeiro processo no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro contra quadrilhas responsáveis por atos violentos em manifestações. A polícia diz ter obtido provas de que os 23 acusados praticaram atos violentos e planejavam novos crimes ao término da Copa do Mundo.

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