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Serra diz que Brasil é ‘atacado’ por causa do impeachment

Por Da Redação 25 Maio 2016, 19h51

O ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que o Brasil é alvo de ataques diplomáticos dos países que não reconheceram o governo interino do presidente Michel Temer (PMDB), depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) com a abertura do processo de impeachment no Senado.

“Nós fomos atacados, reagimos num tom menor. Não podemos ser acusados por nos defender. Se tem ataques a gente se defende. E instruímos o corpo diplomático inteiro nessa direção”, disse Serra, ao explicar o que o motivou a orientar as embaixadas brasileiras no exterior a combater o discurso de que houve um “golpe de Estado” no país – propagado por PT e repetido por aliados bolivarianos nas Américas. “Procurar uniformizar uma informação para combater as acusações infundadas que tem sido feitas em alguns setores nas Américas.”

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), afirmou que também encaminhou uma circular a todos os adidos militares das embaixadas com o mesmo teor: esclarecer o processo de impeachment e “desmistificar versões que não condizem com a realidade democrática vivida no Brasil”.

Logo que Temer assumiu o governo, Serra soltou notas contra manifestações de Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador, Nicarágua e El Salvador, bem como da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América/Tratado de Comércio dos Povos (ALBA/TCP) e declarações do secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper. Na nota, o Itamaraty diz que os dirigentes dos países “se permitem opinar e propagar falsidades sobre o processo político interno no Brasil”.

Nesta quarta-feira, o embaixador da Venezuela em Brasília, Alberto Castellar, não entregou carta credencial ao presidente Michel Temer, apesar de ter sido convidado para a cerimônia, conforme a Presidência da República. Ele foi chamado de volta a Caracas um dia depois do afastamento de Dilma.

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Depois de duas horas de reunião, o governo Temer anunciou a criação de um Comitê Executivo de Coordenação e Controle de Fronteiras, com foco no combate a três frentes do crime organizado: contrabando de armas, tráfico de drogas e contrabando de mercadorias. O comitê envolve os ministérios da Defesa, Justiça, Relações Exteriores e Fazenda e coordenará ações da ABIN, Polícia Federal, Forças Armadas e Receita Federal. “A ideia é termos uma visão comum, aprofundarmos o diagnóstico e fazer com que as ações tenham caráter permanente e não episódico. Elas carecem de continuidade”, disse o tucano.

Serra afirmou que, em âmbito regional, o Brasil convocará um encontro sul-americano com países fronteiriços para tratar dos temas, porque as ações ultrapassam as barreiras e entram nos territórios. Ele disse que a liderança caberá ao Brasil e à Argentina e envolverá todos os países com os quais mantém “relações diplomáticas normais”. “Esse assunto aqui na América do Sul será puxado pelo Brasil e pela Argentina”, disse o chanceler, que se encontrou com o presidente argentino Mauricio Macri na semana passada.

Serra disse que a Venezuela, um dos países que serve de rota para escoamento de cocaína da América do Sul para Caribe, América do Norte e Europa, não será convidada a participar e que o foco das ações é mais ao sul do continente: Paraguai, Uruguai, Peru, Bolívia, Chile e Colômbia.

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“O Brasil tem relações econômicas com a Bolívia, eu diria que normais, tem interesse na Bolívia, assim como a Bolívia tem interesse no Brasil. Eu não vejo dificuldade em ter uma aproximação para efeito de tratamento das questões que nos interessam e têm a ver com a Bolívia, que é o caso da cocaína principalmente”, afirmou Serra.

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