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Sergio Moro não deverá ter apoio de candidatos ao governo do Rio

Podemos, partido do ex-juiz da Lava Jato, caminha para compor aliança à reeleição de Cláudio Castro, do PL, que negocia filiação de Bolsonaro

Por Cássio Bruno Atualizado em 15 nov 2021, 18h20 - Publicado em 15 nov 2021, 18h17

Pelo menos por enquanto, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, manterá o Podemos, partido do ex-juiz federal Sérgio Moro, recém-filiado, no primeiro escalão de sua gestão. Patrique Welber, presidente estadual da legenda, foi nomeado, em setembro, secretário estadual de Trabalho e Renda, pasta cujo orçamento é de cerca de 70 milhões de reais. Até segunda ordem ele continuará no cargo. De acordo com Welber, o Podemos caminha para compor a aliança de reeleição de Castro, em 2022, descartando a possibilidade de o governador marcar presença no palanque de Moro no estado caso se confirme a candidatura do ex-ministro da Justiça à Presidência da República e a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, legenda de Castro.

“Nosso apoio é total e irrestrito ao Cláudio Castro. Não há qualquer constrangimento. A (deputada federal) Renata Abreu, presidente nacional do Podemos, deu liberdade para os diretórios estaduais apoiarem quem quiser. Vejo isso como uma forma de democracia tanto do Cláudio, que mantém o partido no governo, quanto da Renata. Mas tudo isso só será confirmado na convenção partidária, em julho”, afirmou Patrique Welber a VEJA. Hoje, secretarias, subsecretarias e outros órgãos do governo do Rio estão loteados por 16 partidos.  Em troca, os dirigentes partidários se comprometeram a dar sustentação eleitoral a Castro no ano que vem.

Se o atual quadro político for mantido até o início da campanha, Sergio Moro, então, só teria como aliado na eleição majoritária do Rio o candidato do Podemos ao Senado. “Ainda não decidimos um nome para concorrer. Já conversamos com a (youtuber) Antônia Fontenelle e temos um encontro esta semana com o ex-deputado Miro Teixeira”, ressaltou Welber. No Rio, Bolsonaro já decidiu que pedirá votos para a reeleição de Romário (PL).

O Podemos conta apenas com um deputado estadual, o ex-jogador de futebol Bebeto, na Assembleia Legislativa (Alerj). Bebeto, por sua vez, pode trocar o partido de Moro pelo PSD, comandado no estado pelo prefeito da capital, Eduardo Paes. O Podemos não elegeu nenhum deputado federal pelo Rio em 2018. “A nossa meta é eleger agora dois estaduais e dois federais”, disse Patrique Welber.

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Moro se filiou ao Podemos na semana passada. O ex-juiz ainda não anunciou qual mandato disputará em 2022. No entanto, o evento, realizado em Brasília, o anunciou como “futuro presidente da República”. Moro ficou conhecido nacionalmente como juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba durante a Operação Lava Jato, que investigou um esquema de corrupção e desvio de recursos dinheiro na Petrobras. Ele deixou a magistratura após aceitar o convite de Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça. Moro deixou o cargo acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal.

Enquanto isso, o PL, chefiado pelo ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, negocia com Bolsonaro a sua filiação em meio a divergências. Estava tudo acertado para a cerimônia ser realizada no próximo dia 22, mas o evento foi desmarcado. Segundo Costa Neto, em nota divulgada no último domingo, 14, o cancelamento ocorreu por decisão tomada “de comum acordo” com Bolsonaro “após uma intensa troca de mensagens na madrugada”. Em Dubai, nesta segunda-feira, 15, o presidente disse à imprensa que espera “casar ou desfazer noivado” com PL em “pouquíssimas semanas”.

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