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Sergio Moro aceita denúncia do MPF contra Cândido Vaccarezza

Ex-líder do PT na Câmara e outras nove pessoas são agora réus por suposto recebimento de propina em contrato de US$ 74 milhões da Petrobras

Por Estadão Conteúdo 22 ago 2018, 19h26

O juiz federal Sergio Moro colocou no banco dos réus da Operação Lava Jato, nesta quarta-feira, 22, o candidato a deputado federal Cândido Vaccarezza (Avante-SP). O magistrado aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-líder dos governos Lula e Dilma Rousseff na Câmara e outros nove investigados. Eles são acusados dos crimes de formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro, em um suposto esquema de corrupção no fornecimento de asfalto pela empresa americana Sargeant Marine à Petrobras.

“Presentes indícios suficientes de autoria e materialidade, recebo a denúncia contra os acusados”, afirmou Moro. Ao aceitar uma denúncia do MPF, o magistrado não faz juízo sobre o mérito da acusação e observa apenas se os procuradores reuniram indícios suficientes para que a ação penal seja aberta e os réus sejam julgados, após a oitiva de testemunhas e a apresentação das defesas.

A Lava Jato aponta que Vaccarezza “utilizou a influência decorrente do cargo em favor da Sargeant Marine, o que culminou na contratação, pela Petrobras, de cinco operações de fornecimento de asfalto entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente 74 milhões de dólares”. A propina suposta propina ao ex-petista foi paga sobre este contrato, sustenta o MPF.

Um dia depois de ser denunciado, Cândido Vaccarezza afirmou a amigos que a acusação contra ele “se baseia numa delação premiada de uma única pessoa”. Em mensagem, o candidato escreveu que tem “condições de disputar e ganhar as eleições”.

“Amigos. O MP me denunciou ontem. Como vocês sabem esta denúncia se baseia numa delação premiada de uma única pessoa, não tem prova, não tem movimentação financeira, não tem enriquecimento ilícito. Sou inocente e vou provar a minha inocência. Temos condições de disputar e ganhar as eleições. Vamos fazer a campanha sem medo e com a certeza da vitória. O Brasil tem jeito e serei a voz da nossa base em Brasília. Nunca vou decepcionar nenhum de vocês”, escreveu.

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O ex-deputado foi preso em agosto de 2017 na Operação Abate, 44ª fase da Lava Jato. Sergio Moro mandou soltar Vaccarezza, que alegou “problemas de saúde”, mas impôs a ele seis medidas cautelares, entre as quais uma fiança de 1,5 milhão de reais. Cândido Vaccarezza deixou a cadeia sem pagar o montante. Na terça-feira, 14, Moro impôs a ele um prazo de cinco dias para o acerto de contas.

Nesta terça-feira, 21, Vaccarezza pediu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que impeça o juiz federal de decretar sua prisão. No requerimento, a defesa do candidato afirma que “é apenas uma questão de tempo seu encarceramento ou inovação nas medidas cautelares, pois se em mais de um ano não conseguiu reunir recursos para adimplir a fiança, não o fará em cinco dias”.

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