Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Senado abandona acordo com Câmara e pauta prisão em segunda instância

O anúncio foi feito durante audiência pública com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro; a votação acontecerá na terça-feira, 10

Por Da Redação Atualizado em 4 dez 2019, 18h43 - Publicado em 4 dez 2019, 18h06

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), pautou para a próxima terça-feira, 10, a votação do projeto de lei que permite a prisão após condenação em segunda instância. De acordo com a senadora, a matéria será a primeira a ser votada na próxima reunião do colegiado.

O anúncio foi feito durante uma audiência pública sobre o assunto, nesta quarta-feira 4, da qual participou o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. A antecipação da votação ocorreu depois de um manifesto apresentado pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) com assinaturas de 43 dos 81 senadores. No documento o grupo pedia que a senadora pautasse a votação da proposta que já teve relatório lido na CCJ.

Em sua fala, Moro afirmou que o momento é apropriado para o Congresso mandar uma mensagem à população e acelerar a votação de projetos que autorizem a volta da prisão logo após a condenação em segunda intância. “Não haveria melhor mensagem do que o restabelecimento da prisão após condenação em segunda instância. A decisão, se é por PEC, se é por PL [projeto de lei] ou se é por ambos, cabe ao Congresso”, afirmou Moro. “Se tem uma maioria no Congresso para aprovar esta medida, não vejo lá muito sentido para postergação”, completou.

Com a mudança, o Senado contraria o acordo fechado com a Câmara na semana passada. Na ocasião, os presidentes das duas Casas — o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) — haviam concordado em discutir a matéria por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), em vez de um Projeto de Lei do Senado. A aprovação de uma PEC exige 49 de 81 senadores e 308 votos de 513 deputados. Já um projeto de lei é aprovado por maioria simples no Senado.

Continua após a publicidade

“O que não nos cabe nesse momento, a meu ver, com base no que está no regimento interno e com base no que ouvimos da sociedade, é a omissão e muito menos esquecermos que esse é um sistema bicameral”, disse Simone Tebet.

Na presença do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do ministro do Superior Tribunal de Justiça Herman Benjamin que participavam da audiência pública, Tebet mandou um recado ao presidente da Câmara. “Esse é um sistema bicameral. Temos duas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ): uma na Câmara e outra no Senado. Nem o presidente daquela Casa poderá dizer para nós que o nosso projeto pode ser eivado de vícios, portanto judicializado, nem nós podemos fazer o mesmo em relação à Câmara dos Deputados”, disse.

Com Agência Brasil

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.