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Sem vice e em solo paulista, PSDB oficializa Aécio

Convenção Nacional foi marcada em São Paulo numa tentativa de amenizar a resistência de tucanos que preferiam uma nova candidatura de José Serra

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 jun 2014, 08h15

Depois de perder três eleições consecutivas para o PT, o PSDB oficializará neste sábado a candidatura do senador Aécio Neves (MG) à Presidência da República. A Convenção Nacional ocorrerá em São Paulo para que o primeiro discurso do mineiro como candidato do partido ao Palácio do Planalto seja feito em solo paulista, numa tentativa de debelar um problema crônico dos tucanos nas últimas eleições, as disputas internas.

O roteiro do evento não foi divulgado previamente, mas o comando do partido tenta escalar o ex-governador José Serra como um dos oradores. O objetivo é que a largada da campanha seja marcada por um discurso de apoio de Serra, convocando seus aliados a trabalharem pela eleição de Aécio no maior colégio eleitoral do país.

Eleito senador com 7,5 milhões de votos em 2010, após dois mandatos como governador de Minas Gerais, Aécio teve o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para pavimentar sua candidatura. Em maio do ano passado, foi eleito presidente do PSDB justamente para iniciar uma agenda de viagens para angariar apoios nos Estados e se tornar mais conhecido pelo eleitorado – segundo o instituto Datafolha, 78% dos eleitores afirmam conhecer o senador mineiro, ante 99% da presidente e futura adversária Dilma Rousseff (PT).

A exemplo de 2010, o nome do vice na chapa ficará para a última hora. O objetivo é usar o posto para tentar atrair algum partido que hoje orbita a candidatura de Dilma – na mira estão PSD, PR, PP e PTB. “Como existem ainda instabilidades em outras forças políticas, estamos aguardando que o cenário se desenhe de forma mais clara para ver qual o perfil mais adequado”, admite Aécio.

“O PSDB tem várias opções, estamos usando a máxima da política de que quem tem prazo não tem pressa. Vamos usar o tempo em sua totalidade para ter um cenário mais claro sobre os aliados”, afirma o senador Cássio Cunha Lima (PB). O presidente a seção mineira do partido, Marcus Pestana, revela outra preocupação: “Precisamos de um vice que não traga rejeição”.

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A busca pelo vice ideal começou com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, filiado ao PSD. A engenharia não deu certo – pelo menos até agora – porque o presidente do PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, ainda parece inclinado a colocar o partido no barco de Dilma.

Internamente, caso a sigla opte pela chapa “puro sangue”, os favoritos são o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira, e o ex-senador cearense Tasso Jereissati. No caso de Aloysio, a escolha seria uma forma de instalar um paulista na chapa para amenizar a rejeição interna a Aécio em São Paulo. Já Tasso representa um nome no Nordeste, onde o PT obteve votações expressivas nas eleições anteriores.

“A questão para a escolha do vice é conceito, imagem e popularidade. Faz um ‘mix’ e vê quem agrega mais”, brinca o senador Alvaro Dias (PR).

Na convenção marcada para este sábado, o candidato Aécio Neves será apresentado como um político jovem que seguiu os passos do avô, o presidente eleito Tancredo Neves, que foi presidente da Câmara dos Deputados e, como governador, que desenvolveu Minas Gerais. Aécio visitou nesta sexta-feira o túmulo de Tancredo, em São João del Rei (MG).

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No discurso preparado para a convenção, o senador mineiro pretende ampliar as críticas ao governo Dilma, atacando os altos impostos e o baixo crescimento econômico do país. Também apresentará um esboço de suas propostas de governo, como a simplificação tributária e o combate ao aparelhamento de órgãos do governo pelo PT. “É muito ruim o governo ficar falando que não sabe porque a economia vai mal, sendo que os últimos doze anos foram eles que estavam no governo. Ele vai mostrar que a sociedade quer outro caminho e que ele é essa mudança”, diz o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP). “Aécio vai se colocar com um crítico mais efetivo da oposição”, completa o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG).

No evento, Aécio ouvirá discursos de representantes de aliados como o DEM e o recém-criado Solidariedade. Também vão falar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o anfitrião, o governador Geraldo Alckmin. Mas, até a noite de sexta, o roteiro não estava fechado à espera do “sim” de José Serra.

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