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Sem-teto têm novo plano para pressionar vereadores de SP

Depois de ameaçar a realização de uma ocupação a cada semana que o Plano Diretor não for votado, MTST fará protesto com 10.000 pessoas na Câmara

Por Da Redação
24 jun 2014, 07h46

Depois de ameaçar a Câmara Municipal de São Paulo com uma nova ocupação a cada semana que a Casa não submeter o Plano Diretor à votação, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) planeja para esta terça-feira mais uma ação para pressionar os vereadores da capital paulista: um protesto em frente ao Legislativo municipal. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o grupo pretende reunir 10.000 pessoas na manifestação. O texto beneficia quatro ocupações do grupo.

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O Plano Diretor que será debatido Câmara Municipal inclui acampamentos erguidos na Zona Sul. São eles: Faixa de Gaza, em Paraisópolis; Nova Palestina, em M’�Boi Mirim; Dona Deda, no Parque Ipê; e Capadócia, no Jardim Ingá. Chega-se a um total de 13.000 famílias envolvidas. O texto final do projeto de lei, porém, excluiu a regularização da Ocupação Copa do Povo, em Itaquera, na Zona Leste da capital, para evitar a rejeição da oposição – nem assim, contudo, o texto foi votado. Para contemplar as reivindicações dos sem-teto, os vereadores buscam uma alternativa. A primeira ideia foi “emprestar” uma proposta de lei de qualquer vereador que se refira a zoneamento e alterá-la para incluir a Copa do Povo. A ideia não funcionou e a bancada do PT protocolou um novo projeto de lei para contemplar os interesses do MTST.

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Como combinado com o coordenador nacional da entidade, Guilherme Boulos, o texto classifica como Zona Especial de Interesse Social (Zeis) a área onde está a Ocupação Copa do Povo. Se aprovado pelos vereadores, o projeto de lei viabilizará de forma mais rápida a construção de ao menos 2.000 unidades habitacionais no local por meio do programa federal Minha Casa Minha Vida. O compromisso de erguer as moradias em Itaquera foi dado a Boulos pela própria presidente Dilma Rousseff, em reunião realizada menos de uma semana após a invasão. A base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT) assegurou que a mudança no zoneamento do terreno seria feita com a votação do Plano Diretor.

Na sexta-feira, o movimento invadiu um terreno particular no Morumbi, na Zona Sul da cidade, como forma de protesto contra a demora da votação do projeto que reordena o crescimento de São Paulo pelos próximos dezesseis anos. Em menos de doze horas, cerca de 600 barracos foram erguidos na área que pertence à construtora Even.

Na página oficial do MTST, a região é classificada como um local onde a “especulação imobiliária se alastra como epidemia, tendo efeitos perversos, como o aumento desenfreado e abusivo dos aluguéis, levando à expulsão de famílias para bairros com menos estrutura”. No entorno do terreno, prédios comerciais e residenciais de classe média alta dividem espaço com barracos da Favela da Vila da Praia. Parte dos moradores da comunidade, segundo o movimento, participa da ocupação, assim como famílias das comunidades Olaria e Viela da Paz.

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