Onda de atentados que já dura mais de duas semanas fez com que motoristas de Florianópolis diminuíssem jornada
Por Jean-Philip Struck
15 fev 2013, 08h22
Veja.com Veja.com/VEJA.com
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1/22 Suspeitos presos neste sábado (16), em Santa Catarina (Petra Mafalda/Mafalda Press/Folhapress/VEJA)
2/22 Armas apreendidas pelo DEIC junto com os suspeitos neste sábado (16), em Santa Catarina (Petra Mafalda/Mafalda Press/Folhapress/VEJA)
3/22 Integrantes do Primeiro Grupo da Capital (PGC) são transferidos e levados para penitenciárias federais de outros estados (Cristiano Estrela/Ag. RBS/Folhapress/VEJA)
4/22 Integrantes do Primeiro Grupo da Capital (PGC) são transferidos e levados para penitenciárias federais de outros estados (Cristiano Estrela / RBS/VEJA)
5/22 Carro da Força Nacional em frente à Base Aérea de Florianópolis (Guto Kuerten/Agência RBS/VEJA)
6/22 Tropas da Força Nacional embarcam em Brasília no avião da Força Aérea Brasileira, rumo a Florianópolis (Sargento Neri/Reprodução Twitter/VEJA)
7/22 Carro incendiado por um homem que passava de bicicleta na rua Enedina DAvila Ferreira, em Itajaí, Santa Catarina (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
8/22 O governador de Santa Catarina, João Raimundo Colombo, se reúne com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo em Brasília para negociar transferência de presos e liberação de recursos (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr/VEJA)
9/22 O governador de Santa Catarina, João Raimundo Colombo, se reúne com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo em Brasília para negociar transferência de presos e liberação de recursos (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr/VEJA)
10/22 Ônibus saem do Terminal Central de Florianópolis com escolta policial após onda de violência em várias cidades de Santa Catarina (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
11/22 Ônibus sai do Terminal Central de Florianópolis (Ticen) com escolta policial após onda de violência em várias cidades de Santa Catarina (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
12/22 Três ônibus utilizados para transporte de estudantes foram incendiados na madrugada da terça-feira (5) no pátio da prefeitura da cidade de Itajaí (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
13/22 Três ônibus utilizados para transporte de estudantes foram incendiados na madrugada da terça-feira (5) no pátio da prefeitura da cidade de Itajaí (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
14/22 Galpão incendiado em Itajaí, Santa Catarina (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
15/22 Três ônibus utilizados para transporte de estudantes foram incendiados na madrugada da terça-feira (5) no pátio da prefeitura da cidade de Itajaí (Marcelo Camargo/ABr/VEJA)
16/22 Ônibus incendiado em Joinville na madrugada do dia 2, em Santa Catarina (Carlos Junior/Folhapress/VEJA)
17/22 Bandidos atearam fogo em um ônibus urbano, em Canasvieiras, no Norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis (Cristiano Estrela/Ag. RBS/Folhapress/VEJA)
18/22 Base da Guarda Municipal vira alvo de tiros em Balneário Camboriú, Santa Catarina (Agência RBS/VEJA)
19/22 Bombeiros controlam incêndio em ônibus, em Florianópolis (Cristiano Estrela/Agencia RBS/VEJA)
20/22 Motorista de ônibus ferido durante ataque é socorrido em Florianópolis (Agência RBS/VEJA)
21/22 Novos ataques atingiram ônibus no bairro dos Ingleses, em Florianópolis. Três menores ordenaram que todos descessem do veículo e atearam fogo (Cadu Rolim/Fotoarena/VEJA)
22/22 Três homens detidos como suspeitos de terem praticado contra ônibus, em Florianópolis (Agência RBS/VEJA)
Com o registro de mais dois ataques na madrugada desta sexta-feira, Santa Catarina chegou a marca de 100 atentados desde o início da onda de criminalidade que assola o estado desde o dia 30 de janeiro. Os novos ataques foram registrados em Laguna e Içara, ambas no litoral Sul do estado. No primeiro caso, registrado às 0h10, dois homens em uma motocicleta atiraram um coquetel molotov contra um caminhão que estava estacionado em rua de Laguna. O artefato não chegou a explodir. Ninguém foi preso.
No segundo caso, registrado por volta de 4h30, um homem e uma mulher que estavam em um carro foram rendidos por dois homens armados, que os obrigaram a sair do veículo. Em seguida, um dos homens espalhou gasolina e ateou fogo no carro, que ficou completamente destruído. Novamente, ninguém foi preso.
Transporte – A onda de atentados, que foi ordenada por líderes de facções criminosas de dentro do sistema prisional, já atingiu 30 cidades do estado em 17 dias. Na quinta-feira, o temor de novos ataques levou motoristas e cobradores das empresas de transporte de ônibus da Grande Florianópolis a reduzir a circulação dos veículos, que devem passar a servir a população apenas ente 7 horas às 19 horas. Desde o início da onda de ataques, mais de 30 ônibus foram incendiados no estado, a maioria na capital e cidades vizinhas.
Em assembleia, o sindicato rejeitou a proposta da Secretaria Municipal de Transportes de Florianópolis de manter pelo menos mais dois horários de ônibus às 21h e 23h, para recolher as pessoas no centro da cidade à noite, com escolta policial. O acompanhamento dos coletivos pela PM já ocorre na cidade durante a noite desde o dia 1 de fevereiro. Os ônibus que circulam nos morros da região central da cidade também passaram a ser escoltados.
Esta é a segunda onda de atentados no estado em menos de três meses. Em novembro do ano passado, foram registradas 68 ocorrências em dezesseis municípios no período de sete dias. Na ocasião, criminosos incendiaram 27 ônibus e doze automóveis. Ao todo, 47 pessoas foram presas e três suspeitos morreram em confronto com a polícia.