Onda de atentados que já dura mais de duas semanas fez com que motoristas de Florianópolis diminuíssem jornada
Por Jean-Philip Struck
15 fev 2013, 08h22
Com o registro de mais dois ataques na madrugada desta sexta-feira, Santa Catarina chegou a marca de 100 atentados desde o início da onda de criminalidade que assola o estado desde o dia 30 de janeiro. Os novos ataques foram registrados em Laguna e Içara, ambas no litoral Sul do estado. No primeiro caso, registrado às 0h10, dois homens em uma motocicleta atiraram um coquetel molotov contra um caminhão que estava estacionado em rua de Laguna. O artefato não chegou a explodir. Ninguém foi preso.
No segundo caso, registrado por volta de 4h30, um homem e uma mulher que estavam em um carro foram rendidos por dois homens armados, que os obrigaram a sair do veículo. Em seguida, um dos homens espalhou gasolina e ateou fogo no carro, que ficou completamente destruído. Novamente, ninguém foi preso.
Transporte – A onda de atentados, que foi ordenada por líderes de facções criminosas de dentro do sistema prisional, já atingiu 30 cidades do estado em 17 dias. Na quinta-feira, o temor de novos ataques levou motoristas e cobradores das empresas de transporte de ônibus da Grande Florianópolis a reduzir a circulação dos veículos, que devem passar a servir a população apenas ente 7 horas às 19 horas. Desde o início da onda de ataques, mais de 30 ônibus foram incendiados no estado, a maioria na capital e cidades vizinhas.
Em assembleia, o sindicato rejeitou a proposta da Secretaria Municipal de Transportes de Florianópolis de manter pelo menos mais dois horários de ônibus às 21h e 23h, para recolher as pessoas no centro da cidade à noite, com escolta policial. O acompanhamento dos coletivos pela PM já ocorre na cidade durante a noite desde o dia 1 de fevereiro. Os ônibus que circulam nos morros da região central da cidade também passaram a ser escoltados.
Esta é a segunda onda de atentados no estado em menos de três meses. Em novembro do ano passado, foram registradas 68 ocorrências em dezesseis municípios no período de sete dias. Na ocasião, criminosos incendiaram 27 ônibus e doze automóveis. Ao todo, 47 pessoas foram presas e três suspeitos morreram em confronto com a polícia.
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