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Robôs publicaram 55% dos tuítes de apoio a Bolsonaro em 15 de março

Estudo mostra que, enquanto robôs postaram uma média de 700 tuítes ao longo do dia, usuários comuns publicaram de três a dez tuítes

Por Roberta Paduan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 abr 2020, 18h38 - Publicado em 3 abr 2020, 17h34

Um estudo feito por pesquisadores de universidades de São Paulo e do Rio de Janeiro revelou que o presidente Jair Bolsonaro contou com um exército de robôs virtuais que apoiaram as manifestações pró-governo e contra o Congresso Nacional em 15 de março. De acordo com o levantamento, 55% dos tuítes que usaram a hashtag #bolsonaroday foram postados por perfis não humanos, ou seja, robôs.

O estudo – coordenado pelas professoras Isabela Kalil, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), e Marie Santini, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) — identificou 66 mil contas responsáveis pelos cerca de 1,2 milhão de tuítes.

(Reprodução/Reprodução)

Enquanto os robôs postaram uma média de 700 tuítes ao longo do dia, os usuários comuns (humanos) tiveram uma média de três a dez tuítes publicados. Os internautas humanos mais ativos chegam a postar até 50 tuítes por dia, enquanto os robôs atingem 1.200 postagens.

A #bolsonaroday foi a hashtag mais compartilhada pelo Twitter em 15 de março, com cerca de 1,2 milhão de menções, o que a tornou trending topic mundial da rede social na data. Outras 19 hashtags foram utilizadas por bolsonaristas no mesmo dia, entre elas, #foramaia, #diadofodase, #bolsonaro2022 e #coronaday, mas nenhuma com o mesmo alcance de #bolsonaroday, provavelmente cunhada em inglês para atingir o ranking internacional da rede social.

O índice de atuação de perfis cibernéticos em apoio ao presidente Bolsonaro, de 55% das publicações, deixa para trás campanhas reconhecidas internacionalmente como manipuladas por robôs no Twitter. Durante a eleição presidencial nos Estados Unidos, em 2016, as contas automatizadas geraram 18% do tráfego do Twitter, de acordo com o Internet Institute da Universidade de Oxford. Já na campanha do Brexit (de saída do Reino Unido da União Europeia), 32% do tráfego da rede social foi gerado por robôs, segundo estudos de pesquisadores ingleses.

A identificação dos robôs e a análise dos dados do estudo brasileiro foram feitas por pesquisadores do Núcleo de Etnografia Urbana (NEU), da Fesp, e NetLab (Laboratório de Microssociologia e Estudo de Redes) da UFRJ, com o apoio da empresa Twist System (startup de ciência de dados).

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