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Roberto Jefferson se entrega e é preso por policiais federais

Ex-deputado é levado para a superintendência da PF no Centro do Rio. Prisão foi determinada na sexta-feira pelo STF, mas mandado só foi enviado nesta segunda-feira

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
24 fev 2014, 12h40

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) se entregou à Polícia Federal e foi preso em sua casa em Comendador Levy Gasparian, no interior fluminense, por volta de 12h20 desta segunda-feira, horário em que policiais federais receberam o mandado de prisão contra o delator do mensalão. A prisão tinha sido determinada na sexta-feira, mas só no fim da manhã saiu o mandado de prisão. Desde o começo da madrugada de sábado, policiais aguardavam a ordem de prisão para levar Jefferson à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, na Praça Mauá. Ele foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão no processo do mensalão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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Antes de ser preso, Jefferson ainda se despediu dos leitores de seu blog em uma mensagem. Afirmou que não se arrependia de nada e citou a canção My Way, de Frank Sinatra, para afirmar que faria tudo novamente. “Não me arrependo de nada do que fiz e que faria tudo novamente, pois não me ajoelhei, eu fiz tudo do meu jeito, como canta Frank Sinatra em My Way“, disse o ex-deputado federal.

Enquanto esperava pelo cumprimento do mandado de prisão, Jefferson chegou a reclamar da demora para a chegada do mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Essa expectativa não me deixa dormir. Eu deito, mas não durmo, mas está tudo em paz. É o destino. É angustiante, mas faz parte da luta”, disse Jefferson a jornalistas.

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Ele chegou a brincar com a situação. “Deus só dá carga para quem pode puxar. Sou ‘harleyro’ e botafoguense, acostumado a sofrer”, acrescentou, em referência a suas duas maiores paixões, o clube alvinegro e as motos Harley-Davidson. No domingo, para aproveitar os momentos finais de liberdade, Jefferson saiu para passear com uma moto Harley Davidson. Vestindo capacete, jaqueta de couro e calça jeans, ele ficou fora de casa por cerca de três horas. “Estou desfrutando os momentos finais da minha liberdade. Quanto a vocês, curtam sua liberdade, que é o bem mais precioso que vocês têm”, disse.

O ex-deputado foi o último condenado do mensalão, com pena de prisão, a ter a reclusão ordenada pelo STF. Ele chegou a pedir para cumprir a pena em regime domiciliar, alegando que precisa se recuperar da retirada de um câncer no pâncreas com dieta específica e medicamentos. Laudo solicitado pela Justiça disse que a situação de saúde de Jefferson permitia o cumprimento da pena em presídio comum, como os outros condenados do mensalão.

No julgamento do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal, afirmou que Jefferson, então presidente nacional do PTB, recebeu recursos do esquema do valerioduto – foram prometidos 20 milhões de reais e pagos pelo menos 4 milhões de reais – em troca da compra de apoio politico de deputados no Congresso Nacional.

Apesar de ter recebido 4 milhões de reais diretamente das mãos do publicitário Marcos Valério, Jefferson sustentava a tese de que o dinheiro nunca foi propina, e sim recursos acertados com o PT nas eleições municipais de 2004.

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