Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Rio em SP seca e Sabesp não tem como captar água

Alckmin afirmou que obra, inaugurada há apenas 50 dias, era importantíssima para garantir abastecimento hídrico durante período seco

Por Da Redação
17 ago 2015, 08h50

Quase cinquenta dias após ser inaugurado, o rio em que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) investiu 28,9 milhões de reais está sem água. A obra foi uma transposição para “garantir o abastecimento hídrico durante o período seco” e socorrer o Sistema Alto Tietê. O objetivo do projeto emergencial era levar 1000 litros por segundo do Rio Guaió, em Mauá, no ABC Paulista, para a Represa Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento. A medida beneficiaria diretamente mais de 300.000 moradores da Grande São Paulo, contudo, por causa da estiagem no local, a operação não foi iniciada.

“Não há água para retirar do rio”, admitiu o superintendente de Produção da Sabesp, Marco Antônio Lopez Barros, durante apresentação sobre as obras emergenciais da empresa para o Comitê da Bacia do Alto Tietê, na última quinta-feira. Segundo ele, a obra do Rio Guaió ainda está em fase de “pré-operação”.

Leia mais:

Sabesp começa apenas uma das 7 obras para evitar rodízio

Em 29 de junho, durante a entrega da obra, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ligou as bombas da instalação e afirmou que entregava “o primeiro dos três projetos importantíssimos para garantir o abastecimento hídrico durante o período seco” – que vai de abril a setembro. Os outros dois são a ampliação da capacidade de produção do Sistema Guarapiranga em 1000 litros por segundo (l/s), inaugurado em 20 de julho, mas também em “pré-operação”, e a transposição de 4000 l/s l/s da Billings para a Taiaçupeba, que está três meses atrasada e só deve entrar em operação em outubro.

Continua após a publicidade

“Já era sabido que no período de estiagem não teria essa vazão que eles anunciaram. Com essa seca no Alto Tietê, então, o Guaió não tem nem metade dessa água”, afirma o engenheiro José Roberto Kachel, ex-funcionário da Sabesp e integrante do comitê do Alto Tietê. Ele já havia alertado para esse risco em março. Para Kachel, a obra no rio não vai resolver o problema da região. “Venderam para a população que iam bombear continuamente 1000 litros por segundo, mas não estão bombeando nada”, diz o engenheiro.

Sabesp – A Sabesp afirmou que as obras emergenciais “foram concebidas para aumentar a resiliência do sistema produtor de água, ou seja, para captar água onde estiver chovendo e armazenar onde for possível”. Segundo a companhia, “por causa disso, as estruturas não funcionam a toda carga todo tempo”. A empresa afirma que “a previsão de retirada do Guaió para o Alto Tietê, conforme a outorga, é de uma média anual de até 1000 l/s”, mas “isso não significa que a vazão se mantenha constante nesse valor”.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.