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Ricardo Pessoa, da UTC, reafirma que propina era paga ao diretório do PT

Delator prestou novo depoimento ao juiz da Lava Jato e pediu para não ter imagem gravada em vídeo

Por Marcela Mattos e Laryssa Borges, de Brasília
11 set 2015, 20h18

Em novo depoimento ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na Justiça do Paraná, o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, reafirmou que pagou propina ao Partido dos Trabalhadores no esquema de corrupção na Petrobras. A ponte para que o dinheiro desviado de contratos da estatal chegasse aos cofres do diretório da legenda, de acordo com Pessoa, era o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, preso em Curitiba (PR). Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.

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Ao juiz, Pessoa detalhou que os repasses a Vaccari eram feitos por orientação do ex-diretor de Serviços Renato Duque, indicado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) para o cargo na Petrobras. O ex-gerente de Serviços Pedro Barusco também foi citado. “Pagava Barusco e Vaccari por solicitação de entendimento de Renato Duque”, disse o empreiteiro. Entendimento, nas palavras de Pessoa, significava “procure o Vaccari para acertar a contribuição política”.

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A propina direcionada a Vaccari era feita em contribuições para o Partido dos Trabalhadores. Segundo Pessoa, o depósito caia diretamente na conta do Diretório Nacional do partido.

Questionado sobre os critérios para escolher Barusco e Vaccari como beneficiários do esquema, o empreiteiro foi direto: “Pagava-se propina para obter o contrato, para obter a continuidade dele de maneira correta, mais clara, mais calma e sem dificuldades”. Pessoa afirmou ainda que o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o ex-deputado José Janene (PP) também receberam dinheiro desviado da estatal.

O depoimento de Pessoa foi gravado nesta sexta-feira e anexado aos autos do processo. A imagem do empreiteiro, ao contrário do que acontece com a maioria dos depoentes, não aparece no vídeo. A pedido, ele solicitou que não figurasse nas gravações, que acabaram direcionadas ao teto da sala de audiência.

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