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Dodge diz que Aloysio Nunes recebeu R$ 500 mil da Odebrecht

Ao STF, procuradora-geral disse que só resta investigar a finalidade do repasse

Por Da Redação
Atualizado em 2 nov 2017, 16h11 - Publicado em 2 nov 2017, 12h58

Em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que o fato de o atual ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB-SP), ter recebido 500.000 reais da Odebrecht por meio de um esquema que financiou sua campanha nas eleições de 2010 é “incontroverso”.

“É fato incontroverso que houve o repasse de recursos para a campanha do senador Aloysio Nunes. Resta investigar a origem destes recursos e a finalidade do repasse”, escreveu a procuradora-geral ao relator do caso, ministro Gilmar Mendes. Esse repasse da empreiteira não aparece na prestação de contas que o tucano fez à Justiça Eleitoral nas eleições daquele ano. Em 2010, Aloysio disputou vaga no Senado.

A petição é desdobramento de um inquérito aberto em março pelo sucessor de Dodge na Procuradoria-geral da República, Rodrigo Janot, depois de dois delatores da Odebrecht terem admitido o pagamento a Aloysio para a PGR.  O senador José Serra (PSDB-SP) também é investigado no mesmo inquérito.

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Dodge, no entanto, sinalizou que os tucanos devem sair impunes de parte das investigações, porque alguns crimes de que são acusados teriam acontecido antes de 2010 e, por isso, estariam prescritos. Apesar disso, a procuradora não pediu arquivamento dos inquéritos.

Na petição entregue ao STF, Dodge cita uma manifestação da defesa de Aloysio, segundo a qual dois dos delatores declararam à Polícia Federal que “as doações para a campanha não foram condicionadas à prática de ato de ofício em favor da empreiteira”.

Em nota, a assessoria de imprensa do ministro afirma que Dodge “erra gravemente” quando afirma ser “incontroverso” o recebimento dos recursos. “Na verdade, os delatores não foram capazes de esclarecer quem pagou, nem onde, nem muito menos quem recebeu os recursos”, diz o texto. “Não há que se falar em crime de corrupção, como será comprovado ao final da investigação, que é bem-vinda também para afastar qualquer dúvida quanto à correção da prestação de contas da campanha que, aliás, já foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”.

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