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Região serrana do Rio terá que esperar mais um ano pela reconstrução

Governador Sérgio Cabral reconhece que só dois anos depois da tragédia será possível entregar casas e obras de recuperação dos estragos de 2011

Por Leo Pinheiro
4 jan 2012, 17h11

O governador do Rio, Sérgio Cabral, reconheceu que a população afetada pelas chuvas na região serrana do Rio terá de enfrentar mais um ano difícil. O cenário é desanimador para os moradores de cidades como Santo Antônio de Pádua, Laje de Muriaé, Campos e Italva, no Norte e no Noroeste do estado, que acabam de entrar para a lista de cidades devastadas pela chuva. Segundo Cabral, só no segundo ano os investimentos em reconstrução de estrutura, criação de moradias e contenção das chuvas vão gerar resultados.

“Já houve uma melhora (na região serrana). Mas é evidente que no segundo ano nós teremos vitórias mais efetivas, com a construção das residências. Semana que vem, vou lançar um pacote de 300 milhões de reais de obras”, disse Cabral, durante o lançamento do programa Zico 10, de escolinhas de futebol, na favela da Mangueira.

O governador citou o exemplo de Angra dos Reis e da Ilha Grande, onde ocorreu a tragédia no primeiro dia de 2010, para comparar o tempo necessário para recuperação das cidades. “Em Angra, por exemplo, o primeiro ano foi muito difícil. Mas dois anos após a tragédia do ano novo as pessoas estão morando em casas construídas pelo governo do estado, estão todas satisfeitas”, disse.

Com as autoridades do estado e dos municípios em alerta permanente para o risco de uma nova tragédia no período das chuvas, o governador pede ajuda a Deus. “O estado está em alerta permanente. Todas as secretarias estaduais trabalhando, apoiando os municípios. Mas nós pedimos a Deus que, sobretudo nas encostas, não ocorram os mesmos dramas que vivemos no passado”.

Chuva destrói asfalto no bairro Jardim Califórnia, em Nova Friburgo
Chuva destrói asfalto no bairro Jardim Califórnia, em Nova Friburgo (VEJA)
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Diante da incapacidade do poder público para garantir tranqüilidade aos moradores, o pedido do governador dirigido aos céus faz sentido. Nesta quarta-feira, uma vistoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do estado do Rio (CREA-RJ) no município de Nova Friburgo – o que está em situação mais crítica na serra – encontrou novos riscos de deslizamento. “A prevenção deve ser feita na estiagem”, afirmou o engenheiro Adacto Ottoni, que percorreu áreas da cidade.

Esta foi a terceira vistoria do CREA em Nova Friburgo. E uma das conclusões foi a de que as recomendações feitas em janeiro e agosto do ano passado não foram seguidas.

O governador pediu que a população siga as orientações das defesas civis municipais e estadual para reduzir o risco de novas mortes. “Nós vimos na serra um processo de alerta funcionando muito bem. Infelizmente, no noroeste fluminense, um senhor voltou a sua residência para buscar um pertence que ele achava importante e acabou morrendo porque o Rio estava em um nível elevado. Uma senhora morreu de infarto”, disse, em relação aos óbitos registrados nos primeiros dias do ano.

Para justificar a demora na reconstrução das cidades, Cabral citou Nova Orleans e a tragédia do furacão Katrina. “Sempre dou Novar Orleans como exemplo. Seis anos depois, ainda há marcas do desastre. Estamos falando do país mais rico do mundo”, justificou.

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