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Reforma não garante fidelidade a Dilma, diz ministro do PDT

Ministro das Comunicações diz que PDT mantém disposição de votar contra o Planalto em questões que 'atentem contra seus princípios'. PMDB também não fechou com o governo

Por Laryssa Borges e Ana Clara Costa, de Brasília
2 out 2015, 13h55

Oficializado no cargo nesta sexta-feira, o novo ministro das Comunicações, André Figueiredo (PDT), verbalizou o que o Palácio do Planalto já sabia antes mesmo de anunciar a reforma ministerial: o rearranjo de cargos no primeiro escalão não garante ao Executivo apoio automático dos aliados nem a certeza de votos contrários aos prováveis pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

“Evidentemente em projetos que atentem contra princípios da gente, já manifestamos com extrema antecedência a nossa disposição de votar contrário”, disse ele ao comentar a postura do PDT no Congresso. Os trabalhistas já tinham se declarado “independentes” em relação ao governo mesmo tendo, na antiga composição, Manoel Dias à frente do Ministério do Trabalho. Com a dança das cadeiras, a dificuldade de domar os aliados continua. Nas votações do primeiro pacote fiscal do governo Dilma, a bancada de dezenove deputados federais do PDT votou 100% unida contra a orientação do Palácio do Planalto. Na iminência de colocar a voto novas medidas econômicas para fazer frente à atual crise econômica, os pedetistas mantêm os indicativos de que continuarão infiéis a Dilma. “Em relação ao ajuste fiscal, temos críticas ao modelo econômico que está sendo colocado e queremos dentro da equipe ministerial manifestar alternativas que propiciem talvez uma saída dessa crise econômica que retroalimenta a crise política”, disse Figueiredo.

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A alta taxa de infidelidade entre supostos aliados do Palácio do Planalto será também replicada em partidos que ganharam hoje mais poder no alto escalão do governo. Ainda que o PMDB tenha sido agraciado com sete ministérios (Agricultura, Minas e Energia, Portos, Aviação Civil, Turismo, Saúde e Ciência e Tecnologia) na reforma, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, reconhece que os peemedebistas “têm suas posições”. Principal articulador da reforma ministerial do lado do Congresso, o deputado também reconheceu as restrições do partido à costura feita nas últimas semanas, mas disse que toda a articulação foi feita em acordo com a maioria do PMDB. “É claro que nós (o PMDB) temos nossas posições, mas a maioria do partido dá apoio irrestrito a Dilma. O partido tem suas posições e suas opiniões, e as dá quando julga necessário. Mas a governabilidade do país é e sempre foi o compromisso do PMDB. Nós estamos confiantes e satisfeitos com a reforma”, disse.

Nas tratativas para abrigar aliados no governo e para apaziguar os ânimos com o vice-presidente Michel Temer, a presidente Dilma desistiu, por exemplo, de fundir a Secretaria de Aviação Civil, que abriga o peemedebista Eliseu Padilha, ao Ministério dos Transportes, mantendo-a com status ministerial. Contudo, Padilha sinalizou que a reforma administrativa apresentada tampouco será suficiente para garantir a volta às boas com a base aliada. “As palavras da presidente foram eloquentes. Ela disse: ‘esse é apenas o primeiro passo’. Eu tenho dito enésimas vezes que a crise econômica pressupõe a solução da crise política. Há, agora, um primeiro passo em direção a resolver isso. Mas não se pode dizer que o trabalho está concluído”.

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