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Vem aí a nova rede social que vai cair nas graças do bolsonarismo

Nova plataforma promete o que a direita bolsonarista adora: regras mais frouxas contra desinformação travestida de liberdade de expressão

Por Leonardo Lellis
Atualizado em 24 jan 2022, 09h09 - Publicado em 23 jan 2022, 15h43

Banido do Twitter e Facebook há um ano, após apoiar a invasão de seus partidários ao Capitólio, em Washington, o ex-presidente Donald Trump reagiu à moda dos bilionários excêntricos: criou uma rede social para chamar de sua, a Truth Social

Com estreia marcada para o dia 21 de fevereiro, o novo serviço pretende ser uma versão à direita dos gigantes de tecnologia, que vêm apertando o cerco contra a propagação de fake news. Na novilíngua trumpista, o conteúdo a ser abrigado no novo serviço é chamado de “verdade” (truth, em inglês).

No Brasil, a rede social deverá atrair os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, cuja admiração por Trump se espalha em sua base mais fervorosa, que, assim como Trump, reclama do que entende ser “perseguição” das big techs.

A Truth Social vai acirrar a concorrência com outros serviços voltados ao público de direita que, em nome de uma pretensa liberdade de expressão, também prometem regras mais frouxas em relação à propagação de mentiras e discurso de ódio.

Mobilizada pela eleição de outubro, a base de apoio de Bolsonaro se organiza no Gettr e Telegram, que têm quase nenhum controle sobre campanhas de desinformação. Reportagem de VEJA mostra como a Justiça Eleitoral  está alerta à ampliação da atuação bolsonarista nos serviços que sequer tem representação no Brasil.

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O Gettr, aliás, foi fundado por Jason Muller, um ex-assessor de Trump. O serviço esteve recentemente no centro de uma controvérsia: a festejada chegada do comediante Joe Rogan ao serviço revelou que a rede social usava os números do Twitter para inflar a quantidade de seguidores (os 9 milhões que apareceram em sua conta em poucos dias não combinavam com o total de 4 milhões de usuários do serviço). 

Rogan usou palavras pouco educadas para se referir à plataforma e parou com as publicações. Pego na mentira, o Gettr mudou a forma de apresentar os números.

O fundador do Gab, Andrew Torba, aproveitou o episódio para vender seu peixe, pioneiro neste tipo de serviço e banido das plataformas de celular em razão da promoção de discurso de ódio. Ele acusou o Gettr de censurar conservadores e estar vinculado à China. De fato, não faltam teorias conspiratórias para abastecer as novas redes que prometem tolerância a esse tipo de conversa.

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