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Rachadinha de Alcolumbre deixa Augusto Aras em uma saia-justa

Procurador-geral da República terá que investigar esquema revelado por VEJA, mas desgaste do senador aliado complica sua pretensão de virar ministro do STF

Por José Benedito da Silva Atualizado em 1 nov 2021, 11h28 - Publicado em 30 out 2021, 16h42

A revelação de que havia um esquema de rachadinha – desvio ilegal de parte dos salários dos servidores – no gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) deixou o procurador-geral da República, Augusto Aras, em uma saia-justa.

Cabe a Aras investigar e denunciar autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal, como Alcolumbre. O problema é que o ex-presidente do Senado é o seu principal aliado na Casa legislativa e tem sido o parlamentar que mais tem trabalhado para emplacar Aras – que sonha ser ministro do Supremo – na cadeira aberta desde julho, para a qual o presidente Jair Bolsonaro indicou o ex-ministro e pastor evangélico André Mendonça.

Como presidente da poderosa CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), há três meses Alcolumbre vem segurando a sabatina de Mendonça no colegiado. Colegas do senador afirmam que o nome que ele defende para a vaga é justamente o de Aras – esses mesmos colegas suspeitam que essa seja uma das razões para a sabatina estar emperrada. Nos bastidores, Aras continua se colocando à disposição para o posto no Supremo.

Diante de relatos parecidos de seis mulheres que foram contratadas no gabinete de Alcolumbre no Senado, mas nunca apareceram para trabalhar e eram obrigadas a entregar a maior parte dos seus salários – o que elas podem comprovar com documentos, como mostrou reportagem de VEJA publicada na edição desta semana –, pode ficar difícil para o PGR retribuir a Alcolumbre e segurar o início de uma investigação.

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Ou seja, Aras, claro, não pode deixar de investigar Alcolumbre, mas a queda em desgraça do senador pode complicar o seu sonho de ir para o STF.

Na sexta-feira, Aras informou que buscará obter dados para complementar os depoimentos e documentos apresentados pela reportagem. A coleta inicial de provas costuma ser feita em uma apuração preliminar, chamada de notícia de fato, instaurada na própria PGR. A partir dela, o procurador-geral decide se pede ao STF a abertura de um inquérito contra o parlamentar ou se arquiva o caso.

 

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