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Lula quer nome de consenso para presidência do PT

Ex-presidente tenta acomodar alas do partido para evitar debandada de deputados

Por Da redação
Atualizado em 8 nov 2016, 11h26 - Publicado em 8 nov 2016, 11h12

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs nesta segunda-feira à bancada do PT na Câmara dos Deputados um amplo acordo entre todas as forças políticas do partido para evitar uma debandada de parlamentares da sigla. Segundo participantes do encontro, que reuniu 48 dos 54 deputados petistas, Lula usou uma palavra em espanhol “concertación” (concertação) para se referir à proposta.

“A ideia é fazer uma ‘concertação’. Lula está liderando e deu o tom. Com isso ele breca o movimento de debandada, que é uma especulação permanente”, disse o deputado José Guimarães (PT-CE), na saída da reunião.

Com o acordo, Lula espera contemplar a parte da bancada que integra o Muda PT, grupo que reúne as cinco principais correntes de esquerda do partido. O grupo reúne cerca de 30 deputados e é alvo de boatos sobre uma possível saída em bloco do partido, caso não haja uma profunda reformulação no PT.

Segundo cálculo de parlamentares, caso Lula obtenha êxito na articulação, a debandada deve se restringir a cinco deputados que têm sinalizado que devem deixar o partido por cálculo político, por não verem chances de manter seus mandatos no PT.

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Presidência do partido

A proposta de Lula prevê a escolha de um nome de consenso para substituir Rui Falcão na presidência do PT, a indicação dos melhores quadros de cada corrente – de preferência ex-ministros, ex-governadores e ex-prefeitos – para formar a nova direção, a criação de mecanismos de transparência na gestão do partido e a realização do 6º Congresso Nacional da sigla, com plenos poderes para eleger dirigentes e fazer uma reformulação profunda do PT até março do ano que vem –anteriormente a ideia era fazer o Congresso entre maio e junho.

A proposta de que a nova direção deve ser eleita por delegados no 6º Congresso, e não por meio de um Processo de Eleições Diretas (PED), teve apoio quase unânime da bancada e também de Lula.

A forma de escolha da nova cúpula partidária é o principal ponto de divergência entre o Muda PT e a corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) e ameaça rachar o partido. Ao apoiar a tese do Muda PT, Lula tenta esvaziar o discurso para uma possível saída em bloco do grupo. Falcão negou a existência de um movimento de debandada. “Não vi nenhum deputado que tenha manifestado a intenção de sair do PT”, disse o presidente nacional da legenda.

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