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PT se reúne para decidir se apoia afastamento de Cunha

Presidente do partido, Rui Falcão, disse que pretende esperar uma decisão do Supremo Tribunal Federal para exigir que o presidente da Câmara deixe o cargo

Por Da Redação
24 ago 2015, 09h11

Pressionada por integrantes do governo, do PT e até pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a bancada petista na Câmara se reúne nesta segunda-feira com o presidente do partido, Rui Falcão, para discutir se decide apoiar um pedido de afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após ele ter sido denunciado, na semana passada, por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Lula defende “cautela” por parte dos petistas para evitar que o partido tenha papel de protagonista em ações contra Eduardo Cunha.

A posição dos deputados petistas, a segunda maior bancada da Casa, é considerada decisiva para fortalecer o incipiente movimento que deseja a saída de Cunha do cargo. No dia da denúncia, parlamentares do PSOL, PSB, PT, PPS, PDT, PMDB, PR, PSC, PROS e PTB divulgaram manifesto anônimo contra o peemedebista por considerar “insustentável” a permanência dele no cargo.

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Antes do encontro, Falcão já deu o tom, em entrevista, da posição que deve defender. Segundo ele, embora considere o fato “gravíssimo”, pretende esperar uma decisão do Supremo Tribunal Federal – se aceita a denúncia transformando Cunha em réu -, para exigir o afastamento do presidente da Câmara. “Não vou prejulgar”, afirmou.

A simples discussão dentro do PT tem irritado Cunha. O presidente da Câmara ligou para o vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer, para reclamar da postura do PT, que chamou de inaceitável e cobrou dele providências. “Se o PT quer partidarizar, vamos partidarizar também”, disse um aliado de Cunha, a quem foi relatada a conversa entre ele e Temer.

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Petistas temem que, em retaliação a uma decisão mais agressiva da bancada, Cunha aumente a pressão sobre o governo, com quem rompeu em julho. A posição majoritária dos deputados petistas é esperar uma posição do STF ao mesmo tempo que aproveitam para expor o que chamam de seletividade da oposição: não pedem o afastamento de Cunha, denunciado, mas querem o impeachment de Dilma, contra quem não há nenhum processo.

Um dos vice-líderes do PT, Afonso Florence (BA), considera que não há uma maioria na bancada favorável ao afastamento de Cunha. Mas reconhece que a situação dele está se degradando “muito rapidamente”. “Se não quero golpe contra a presidente, não vamos fazer o mesmo com ele”, disse ele. Para outro vice-líder, o deputado Henrique Fontana (PT-RS), a consistência da denúncia contra Cunha mostra que ele não tem condições de continuar na presidência da Câmara. “Vou atuar com o objetivo que ele se afaste”, adiantou.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) disse que, embora considere Cunha oposição declarado que ataca permanentemente o PT, vai defender a posição de se aguardar a manifestação do Supremo. “Ele [Cunha] foi legitimamente eleito pelo povo [para a Câmara] e pelos deputados [para a presidência da Casa].”

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(Com Estadão Conteúdo)

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