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PT lava as mãos e abandona prefeito na CPI

Petistas se recusaram a questionar prefeito Raul Filho, que pode ser expulso da legenda

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 jul 2012, 16h11

Confirmando as expectativas de não sair em defesa do prefeito de Palmas, Raul Filho, durante o depoimento do político à CPI do Cachoeira, o PT lavou as mãos e abandonou a sala onde a oitiva era feita nesta terça-feira. Com exceção do relator, o petista Odair Cunha (PT-MG), nenhum outro correligionário questionou o prefeito, flagrado em vídeo oferecendo vantagens ao contraventor Carlinhos Cachoeira em troca de financiamento de parte de sua campanha ao Executivo local. As imagens, apreendidas pela Polícia Federal, são de 2004.

O ensaio dos petistas de deixar o prefeito sem apoio político no depoimento à CPI revela a intenção já tomada nos bastidores do partido: Raul Filho deverá enfrentar um processo de expulsão da legenda.

Ao longo da oitiva, o relator Odair Cunha se valeu de uma pergunta sobre a “trajetória política” do depoente para que ele revelasse não ser um quadro histórico do PT. Antes de integrar os quadros petistas, Raul Filho já foi filiado ao PSD, PFL, PSDB e PPS.

Depois de quase cinco horas de depoimento, o único petista que ainda permanecia inscrito para fazer perguntas, o deputado Doutor Rosinha (PT-SP), abriu mão de quaisquer questionamentos.

“O sentimento era que ele tinha que ficar de pé. Ele tinha que convencer a todos e trazer argumentos de que não estava envolvido no esquema”, disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que presidiu a maior parte da sessão da CPI desta terça. “Como ouvinte, eu não me senti convencido”, revelou.

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Também para o relator da comissão de inquérito, Odair Cunha, “o depoimento não convence”. “Ele não é firme. Uma hora fala que encontrou uma vez, outra hora fala que encontrou duas vezes com Cachoeira. É difícil. Ele não esclareceu as suspeitas”, opinou.

Na avaliação de Cunha, os indícios de envolvimento de Raul Filho com o esquema de contravenção são “muito contundentes”. “Há contradições no depoimento do prefeito, o que impõe que a investigação prossiga”, afirmou.

“O mais revelador é o modelo de operação da organização criminosa, um padrão de comportamento onde se financiam campanhas eleitorais em troca de benefícios contratuais nas gestões”, disse o parlamentar.

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