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PT injeta R$ 14,8 milhões, mas candidatos patinam

Mais da metade do dinheiro foi para a campanha de Fernando Haddad, em São Paulo. Ex-ministro da Educação está em terceiro lugar nas intenções de voto

Por Jean-Philip Struck
25 set 2012, 10h19

A direção do PT nacional repassou mais de 14,8 milhões de reais a onze dos seus candidatos a prefeito em capitais mostra levantamento do site de VEJA feito com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (veja no mapa abaixo). Apesar desse repasse, o mais alto entre todos os partidos, nenhum candidato do PT que recebeu parte do valor conseguiu assumir a liderança nas pesquisas. Outros partidos conseguiram resultados melhores recebendo menos dinheiro.

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Entre as dezessete candidaturas do PT nas capitais, apenas duas lideram: a de Paulo Garcia, em Goiânia (GO), e a de Marcus Alexandre, em Rio Branco (AC). Os dois candidatos nada receberam da direção nacional do partido, segundo os dados do TSE.

Nas demais capitais – incluindo as onze em que os candidatos do PT receberam recursos do diretório nacional – os petistas não passam do terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Entre as candidaturas que não decolaram está a de Fátima Cleide, em Porto Velho, que recebeu 475 000 reais do partido e amarga um quarto lugar. Um dos seus adversários, o deputado federal Mauro Nazif, do PSB, recebeu pouco mais da metade da direção nacional do seu partido, 250 000 reais, e aparece em segundo lugar nas pesquisas.

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Mais da metade dos 14,8 milhões de reais repassados pelo PT foram para a campanha de Fernando Haddad, em São Paulo. O ex-ministro recebeu cerca de 7,7 milhões de reais do PT Nacional. Na última pesquisa do Datafolha ele estava em terceiro lugar. Ele luta para ultrapassar o tucano José Serra e chegar ao segundo turno contra Celso Russomanno (PRB).

A candidatura do PT em São Paulo é a mais cara de todas. Até o início de setembro, a campanha de Haddad declarou que já havia gasto cerca de 16,5 milhões de reais. O líder das pesquisas, Celso Russomanno, declarou à Justiça Eleitoral ter gasto 1,3 milhão de reais, menos de 10% do valor desembolsado pela campanha petista, que contratou a empresa do marqueteiro João Santana e usa equipamentos de última geração na produção das suas propagandas para a TV.

O segundo candidato mais ‘caro’ do PT nacional é Elmano de Freitas, de Fortaleza, que recebeu 2,47 milhões de reais e está em terceiro lugar. Seu adversário, Moroni Torgan, do DEM, que recebeu 600 000 reais da direção nacional do seu partido, está na liderança.

Em Recife, o candidato e ex-ministro Humberto Costa aparece na segunda ou terceira posição – depende da pesquisa – nas duas últimas sondagens realizadas na capital pernambucana. O candidato recebeu 475 000 reais do PT nacional.

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A candidatura de Humberto Costa opôs o ex-presidente Lula, padrinho de Costa, e o governador Eduardo Campos, do PSB, que apoia Geraldo Júlio, o favorito na disputa. Para a campanha de Júlio, o PSB nacional mandou 3 milhões de reais, quase metade dos recursos que o partido mandou para os seus candidatos em todas as capitais.

Nas capitais, o total repassado pelo PT aos seus candidatos é cinco vezes maior que o repasse do PSDB, que foi pouco superior a 2,7 milhões de reais, foi dividido entre nove candidatos. Três deles lideram as pesquisas ou estão empatados em primeiro lugar.

O DEM é o segundo partido que mais injetou dinheiro nas campanhas: foram 9,5 milhões de reais para seis candidatos. Três deles estão na liderança em suas capitais: ACM Neto, em Salvador, Moroni Torgan, em Fortaleza, e João Alves, em Aracaju.

O mesmo ocorre com o PSB. A direção nacional do partido investiu 6,2 milhões de reais em quatro candidatos. Três deles lideram – em Recife, Cuiabá e Belo Horizonte.

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