PT formaliza indicações e comissão do impeachment está completa no Senado
Nome dos 21 indicados para o colegiado devem ser aprovados em plenário na segunda-feira; PT deixou para apresentar os nomes no último dia para postergar análise do processo de impeachment da presidente Dilma
A liderança do PT no Senado formalizou nesta sexta-feira a indicação dos integrantes da Comissão Especial do Impeachment que vai analisar a admissibilidade do pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff aprovado na Câmara dos Deputados. Com a oficialização dos nomes, que já haviam sido anunciados na quarta-feira, a comissão está completa, com 21 titulares e o mesmo número de suplentes (confira a lista abaixo). O PT deixou para fazer as indicações no último dia do prazo, ao qual tinha direito, para evitar que o colegiado iniciasse os trabalhos nesta semana.
Os senadores indicados para o Bloco de Apoio ao Governo, que reúne PT e PDT, são Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), José Pimentel (PT-CE) e Telmário Mota (PDT-RR), como titulares; e Humberto Costa (PT-PE), Fátima Bezerra (PT-RN) e Acir Gurgacz (PDT-RO), como suplentes. Também foi formalizada hoje a indicação de Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) como titular do Bloco Parlamentar Socialismo e Democracia, que reúne os partidos PSB, PPS, PCdoB e Rede. Junto com ela no grupo, estão os senadores Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Romário (PSB-RJ).
Todos os 21 indicados ainda precisam ser aprovados pelo plenário do Senado, o que deve acontecer na segunda-feira. Após o colegiado ser eleito, o senador mais velho da Casa – José Maranhão (PMDB-PB) – convoca a primeira reunião da comissão, na qual devem ser escolhidos o presidente e o relator. Por ser o partido que tem a maior bancada da Casa, o PMDB anunciou como presidente o senador Raimundo Lira (PMDB-PB). Já o PSDB, que faz parte do segundo maior bloco partidário, depois do PMDB, indicou Antonio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria. Os senadores petistas, no entanto, já avisaram que não vão aceitar a indicação.