PT e PSDB avaliam perdas com união Marina e Campos
Petistas defendem que Aécio Neves sai ofuscado na corrida eleitoral. Tucanos dizem que Dilma é a mais prejudicada por aliança do PSB
Petistas, tucanos e seus aliados passaram a debater neste fim de semana quem teve mais prejuízo eleitoral com anúncio da parceria entre a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ambos agora no PSB. Um partido acusa o outro como principal perdedor: petistas afirmam que o projeto de Aécio Neves, senador mineiro que deve ser o nome do PSDB na sucessão ao Planalto, é o principal atingido pelo acordo; os tucanos, por sua vez, dizem que a aliança entre uma ex-petista e um ex-ministro governista fortalecerá a oposição à presidente Dilma Rousseff.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) tem a seguinte avaliação: “A semana que passou terminou bem para a oposição e mal para o governo. O [José] Serra ficou no PSDB e a Marina fortaleceu o PSB, o que no meu entender leva a uma eleição com muita chance de vitória das forças que querem uma mudança”.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que tentará reeleição no ano que vem, afirmou neste domingo ter ficado “feliz” com o acordo de Marina com Campos para a disputa ao Planalto. Alckmin disse não acreditar que a parceria prejudique a candidatura de Aécio ao Planalto. “Estava preocupado de ela [Marina] não se filiar a nenhum partido e se autoexcluir do processo eleitoral”, disse o governador ao participar de evento na Zona Leste da capital paulista. “Fiquei feliz com ela ter se filiado porque isso garante a sua participação no cenário político-eleitoral do ano que vem. Fortalece a democracia.”
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Líder do PT na Câmara, o deputado federal José Nobre Guimarães (CE), fez coro ao mensaleiro: “Quem deve estar muito preocupado com essa aliança é o PSDB”, escreveu o petista no microblog Twitter.
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Célula-tronco
Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, em setembro de 2009, a então senadora Marina Silva, filiada ao PV, explicou seu apoio às pesquisas científicas, mas sua posição contrária ao uso de célula-tronco embrionária.
Corrupção
Em pronunciamento na tribuna do Senado Federal, Marina Silva (PV) defendeu a transparência das contas públicas como antídoto à corrupção e citou números contabilizados pela FIESP sobre o montante bilionário do desvio de dinheiro público no Brasil.
Saída do PT
Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, Marina Silva citou a incapacidade de o PT se engajar na luta socioambiental e a vontade de não assumir um terceiro mandato como principais motivos para romper com o Partido dos Trabalhadores antes de se filiar ao PV e aceitar o convite para concorrer à Presidência da República.
Código Florestal
Durante a convenção do PV, em junho de 2010, para lançamento de sua candidatura a Presidência da República, Marina Silva falou sobre as mudanças no Código Florestal e o relacionamento com políticos e setores da sociedade.
Derrota nas eleições de 2010
Fora do segundo turno da disputa pela Presidência da República nas eleições de 2010, Marina Silva negou apoio aos candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), e criticou a violência dos ataques pessoais durante a campanha.
Manifestações no Brasil
Em junho de 2013, enquanto estruturava o partido Rede Sustentabilidade, Marina Silva criticou em um vídeo na Internet o despreparo do Estado para lidar com os protestos que se organizaram nas redes sociais.
(Com Estadão Conteúdo)