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PSOL lança Guilherme Boulos como pré-candidato à presidência

Criticado por parte da legenda pela proximidade com Lula, líder sem-teto leva 71% dos votos do partido e ataca a conciliação de classes; vice será indígena

Por Da Redação Atualizado em 15 mar 2018, 10h45 - Publicado em 10 mar 2018, 19h19

Depois de 15 anos de militância no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, de 35 anos, se filiou ao PSOL nesta semana e foi escolhido neste sábado, na Conferência Eleitoral da legenda, o candidato do partido à Presidência da República – sua vice será a militante do movimento indígena Sônia Guajajara.

Boulos, que teve quase 71% dos votos dos membros do partido para a pré-candidatura, concorria com Plínio de Arruda Sampaio, Hamilton Assis e Nildo Ouriques. Oficialmente pré-candidato, Boulos entra para a história como o mais jovem a postular a Presidência da República.

No discurso, Boulos enfatizou que terá entre suas bandeiras o fim da estratégia de conciliação de classes na política e o combate à direita. “Nós queremos disputar o projeto de país. Não teremos uma candidatura apenas para demarcar espaço dentro da esquerda brasileira. Vamos apresentar uma alternativa real de projeto para o Brasil”.

Apoio petista

Boulos, que se filiou ao partido com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu antes da conferência a unidade democrática da esquerda, o direito de o petista concorrer à Presidência neste ano – apesar de ter sido condenado em segunda instância pela Justiça por corrupção passiva e lavagem de dinheiro – e a necessidade de frear as reformas impostas pelo governo do presidente Michel Temer (MDB). “Ela [a esquerda] tem unidade na democracia, o que implica o direito de o Lula ser candidato, contra as reformas do Temer”.

Boulos minimizou os conflitos internos gerados com parte do partido em razão da sua proximidade com Lula — que chegou a declarar apoio publicamente à candidatura do líder sem-teto — dizendo que “o PSOL tem pluralidade de posições” e que vai dialogar com todos os membros.

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Cogitado como um dos possíveis herdeiros dos votos de Lula caso o petista fique inelegível, Boulos criticou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), — um dos candidatos para a disputa presidencial de 2018 — ao dizer que “ele não pode ser tratado como concorrente, e sim como criminoso”. “Ele faz apologia ao estupro, defende tortura em meio ao Congresso Nacional e faz falas racistas.”

Confiante no poder da esquerda, Boulos planeja estender o debate político a “vários setores da sociedade” e aposta na fragilidade de Temer e das legendas alinhadas à direita do espectro político. “Não acredito que, depois do fracasso do governo Temer (MDB), o povo brasileiro vá botar candidaturas de direita no segundo turno. Acredito que estarei no segundo turno e qualquer candidatura do campo de esquerda que lá esteja deve buscar a unidade”, afirmou.

O líder sem-teto disse que as reivindicações do movimento não se confundirão com ações eleitorais envolvendo sua candidatura. “O MTST preservará sua autonomia completa”, declarou.

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(Com Estadão Conteúdo)

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