PSL do Rio de Janeiro se cala sobre crise do partido
Bancada se divide em votação pela saída de deputados da prisão
Em dia agitado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro por conta da votação da soltura dos deputados estaduais presos na Operação Furna da Onça, os parlamentares do PSL, maior bancada da Alerj, não quiseram falar com a imprensa sobre a crise sofrida pelo partido em âmbito nacional.
Dos doze deputados que configuram a lista, apenas Rodrigo Amorim falou sobre a situação que envolve a mudança de liderança do partido na Câmara Federal e também os boatos que Flávio Bolsonaro deixaria a presidência do PSL no Rio. Segundo o parlamentar, os atritos entre seus companheiros é algo natural por se tratar de um partido “grande” e “heterogêneo”. “É normal essas distorções políticas”, afirmou. Amorim também disse a VEJA que segue orientações do senador Flávio Bolsonaro, a quem acredita ser a melhor opção para permanecer à frente do PSL no Estado. “A minha posição é seguir ele por onde for”, declarou.
O deputado estadual também comentou que recebeu com otimismo a chegada de Eduardo Bolsonaro na liderança. “Ele não é só o filho do presidente, é o deputado federal mais bem votado da história”, falou Amorim que ainda criticou os ataques feitos pelo delegado Waldir ao presidente Bolsonaro.”Refuto qualquer ataque pessoal”, disse.
A sintonia não está sendo o forte do PSL. Na tarde desta terça-feira, 22, a bancada ficou dividida na votação da soltura dos deputados estaduais presos na Operação Furna da Onça com sete votos contra e quatro a favor. O resultado deu favorável para André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcos Vinicius Neskau (PTB), Chiquinho da Mangueira (PSC) e Marcos Abrahão (Avante) que serão soltos e vão esperar em liberdade a decisão da Justiça.