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PSDB precisa renovar ideias, diz o vencedor Arthur Virgílio

Ex-senador e um dos fundadores do PSDB, político vence PCdoB em Manaus e diz que surgimento de novos nomes não é suficiente para renovar sigla

Por Ana Clara Costa
29 out 2012, 06h50

Depois da temporada de um ano em Portugal, onde servia como diplomata, o ex-senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) voltou ao Brasil com uma missão árdua: disputar a prefeitura de Manaus, sua cidade natal, contra a candidata Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), amplamente apoiada pelo governo federal. Contudo, a campanha comunista, que contou até mesmo com comício da presidente Dilma Rousseff, não foi suficiente para tirar de Virgílio a vitória – com folga – na capital amazonense. Com o apoio do PSD, o candidato tucano foi eleito com 65,95% dos votos, ante 34,05% da adversária. Em entrevista pelo telefone ao site de VEJA, Virgílio afirmou que teve de ser “queixo duro” para aguentar o pleito. “Estou moído, fatigado. Só quero descansar e governar Manaus”, disse o prefeito eleito.

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Durante a campanha eleitoral, o candidato não poupou críticas ao próprio partido, que tem enfrentado derrotas importantes, como em São Paulo, com José Serra perdendo a prefeitura para o petista Fernando Haddad. Segundo Virgílio, o PSDB tem de passar por um processo intenso de renovação de ideias. “Não foi mágica do Haddad. Foi erro do partido”, disse. Confira trechos da entrevista.

O senhor sempre foi um grande crítico do governo e venceu contra uma candidata com amplo apoio de Lula e Dilma. O que o senhor fez que o PSDB não fez no resto do país?

Não é meu papel comentar as campanhas de outros candidatos. Mas eu trabalhei muito, incansavelmente, e fui vítima de muitas agressões vindas de adversários poderosos. Mais de 90% da campanha da adversária foi de ataque à minha candidatura, e não de propostas para governar. Além disso, o governo participou ativamente da campanha do PC do B em Manaus. Mas perdeu. E isso mostra que não basta ter apoio do governo para ganhar.

Em São Paulo, o Haddad ganhou graças ao apoio de Lula e Dilma?

Não. E também não foi mágica do Haddad. Foi erro do partido (PSDB). Aquela prévia desastrada em São Paulo, contradições internas, falta de união. Tudo isso fez com que aparecesse esse resultado.

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Que tipo de renovação o PSDB precisa?

Mais do que renovação de pessoas, o partido precisa de renovação de ideias. É preciso que o partido pense junto e faça oposição junto. Não dá pra colocar culpa nos outros e agir sem coesão. Um exemplo dessa renovação acontece na Bahia, com o ACM Neto (DEM-BA), que apresentou novas ideias e ganhou, mesmo tendo um adversário que encantava o governo (Nelson Pelegrino PT/BA).

O que o senhor fará depois das eleições?

Estou muito moído, fatigado. Foi uma eleição muito dura, muito desgastante. Agora, eu só quero descansar e governar Manaus tranquilo.

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