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PSDB pede que Comissão de Ética investigue Pimentel

Partido também entrou com uma representação no Ministério Público Federal para que investigue se houve improbidade administrativa por parte do ministro

Por Luciana Marques
7 dez 2011, 16h13

Os líderes do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e no Senado, Alvaro Dias (PR), protocolaram nesta quarta-feira representação na Comissão de Ética Pública da Presidência da República contra o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Eles querem que o grupo abra um processo administrativo para apurar a conduta do ministro, cuja empresa prestou serviços de consultoria a uma companhia contratada pela prefeitura de Belo Horizonte. Há seis dias a Comissão de Ética Pública recomendou a exoneração do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele deixou o cargo no domingo.

Os tucanos também entraram com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) pedindo a abertura de inquérito civil para apurar suposto enriquecimento ilícito decorrente de tráfico de influência por parte do ministro Pimentel. O PSDB avalia que o caso do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci se parece com o do ministro do Desenvolvimento. Na época, o Ministério Público abriu inquérito civil contra Palocci diante da revelação de que ele multiplicou seu patrimônio ao prestar serviços de consultoria. A Comissão de Ética Pública da Presidência puniu o ex-ministro com uma censura ética em novembro.

“Passados pouco mais de cinco meses, a história se repete, agora com outro ministro deste governo, o senhor Fernando Pimentel”, afirmam os tucanos na ação.

Defesa – Governistas defenderam Pimentel nesta quarta-feira, entre eles, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele disse ter confiança “total” no ministro do Desenvolvimento. “Pessoalmente, tenho uma confiança muito grande no ministro Pimentel. Ele já prestou os esclarecimentos, são situações que obviamente não dizem respeito a sua atuação como homem público, mas como pessoa privada”, afirmou.

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Suspeita – Reportagem de O Globo mostrou que a empresa de Pimentel e do sócio do petista, o atual assessor especial da prefeitura de Belo Horizonte, Otílio Prado, faturou 2 milhões de reais entre 2009 e 2010 em serviços de consultoria. Do total, 514 mil reais foram pagos pela Convap, uma empresa de engenharia que venceria, meses depois, duas licitações da prefeitura de Belo Horizonte, comandada por um aliado de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB), no valor de 95,3 milhões de reais.

A empresa de Pimentel, a P-21, fechou ainda contrato no valor de 1 milhão de reais com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), em 2009, para consultoria econômica e em sustentabilidade. Outro contrato de Pimentel foi assinado com a QA Consulting, no valor de 400 mil reais, em fevereiro de 2011, para consultoria econômica.

Na edição desta quarta-feira, O Globo informa que o ex-sócio de Pimentel, Otílio Prado, continua na prefeitura de Belo Horizonte, em cargo de assessor especial do gabinete de Márcio Lacerda e com salário de 8,8 mil reais mensais.

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