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PSDB lança Alckmin para tentar manter hegemonia em SP

Tucanos ainda aguardam definição do ex-governador José Serra, que poderá disputar o Senado ou puxar votos para a Câmara dos Deputados

Por Bruna Fasano 29 jun 2014, 08h19

Há vinte anos, o Estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, é administrado pelo PSDB. No campo político, é a mais duradoura hegemonia de um partido no comando de um governo estadual. Neste domingo, a sigla realizará sua Convenção Estadual para oficializar a candidatura de Geraldo Alckmin à reeleição, numa campanha cujo principal adversário, por enquanto, é mostrar que os tucanos têm capacidade de renovar o fôlego para continuar à frente do Palácio dos Bandeirantes.

A última rodada de pesquisas feita pelo instituto Datafolha, divulgada no dia 7 de junho, mostra que Alckmin tem 44% das intenções de voto e mais uma vez venceria a disputa no primeiro turno. Segundo o instituto, 41% dos paulistas aprovam sua gestão. São números animadores para qualquer candidato que inicie uma corrida eleitoral. Porém, segundo avaliação dos próprios tucanos, Alckmin enfrentará uma campanha muito mais dura do que as anteriores, com pontos frágeis para defender, como índices de segurança pública, a ameaça de uma crise de abastecimento de água e denúncias de corrupção envolvendo tucanos em licitações de trens e metrô.

Segundo o Datafolha, o principal opositor de Alckmin neste momento é o presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (PMDB), que marca 21% das intenções de voto. Mas o bombardeio esperado deverá partir do candidato do PT ao governo, o ex-ministro Alexandre Padilha, que aparece com 3%. Conquistar o Palácio dos Bandeirantes é uma obsessão pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e algo inédito para o PT, que enfrenta resistência história no interior do Estado – 22,8 milhões de votos. Assim que deixou o Ministério da Saúde, em janeiro, Padilha dedica-se a percorrer cidades do interior – ele esteve em 126 municípios. Petistas afirmam que Padilha, chamado de “terceiro poste de Lula”, foi escolhido pelo ex-presidente justamente por “ter cara de tucano”. O discurso do PT, aliás, baterá justamente no ponto que há um esgotamento de gestões do PSDB em solo paulista.

Para rebater o discurso petista, os tucanos miram a gestão federal, comandada pelo PT há doze anos. “A melhor opção nessa campanha será comparar os dados de São Paulo com os dados do Brasil. Assim mostraremos como o governo estadual é mais eficiente do que o governo federal. Ajudará a derrubar o discurso do adversário de que São Paulo está em crise”, afirma o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, um dos futuros coordenadores da campanha de Alckmin.

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Alianças e palanques – Nas últimas negociações para fechar a chapa, Alckmin obteve uma vitória e uma baixa na última hora. De um lado, conseguiu a adesão do PSB, que deverá indicar o deputado Márcio França como vice. A seção estadual do PSB esbarrava na resistência do comando nacional, já que a sigla terá um candidato á Presidência da República, Eduardo Campos, e o palanque de Alckmin será do tucano Aécio Neves. Além disso, a vice de Campos, a ex-senadora Marina Silva, também não aceitava a aliança com os tucanos. Já a baixa foi o apoio do PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, à candidatura rival de Paulo Skaf (PMDB). De olho nos minutos do PSD na propaganda eleitoral no rádio e na televisão, os tucanos chegaram a negociar o nome de Kassab para vice ou ao Senado.

Com a coligação montada, a única definição no ninho tucano que ficará pendente é se o ex-governador José Serra concorrerá ao Senado ou entrará na disputa como puxador de votos para a Câmara dos Deputados.

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