Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em reunião tensa, PSDB decide ficar neutro na eleição presidencial

Em encontro marcado por discussão entre o Alckmin e Doria, Executiva Nacional estabelece que não apoiará nem Bolsonaro nem Haddad

Por Da Redação Atualizado em 10 out 2018, 00h28 - Publicado em 9 out 2018, 19h23

Em uma reunião tensa em Brasília, a Executiva Nacional do PSDB decidiu pela neutralidade no segundo turno da disputa presidencial entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

A legenda fez a declaração um dia após o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sugerir que não irá apoiar nenhum dos presidenciáveis. Outro cardeal do partido, o ex-governador José Serra disse nesta terça-feira (9), por meio de suas redes sociais, que seguirá a mesma linha.

No encontro, João Doria, candidato ao governo de São Paulo, defendeu que a Executiva do partido declarasse apoio ao capitão reformado do Exército. Para ele, não há a “menor condição” de o PSDB não manifestar oposição ao PT.

“Eu já tomei a minha posição, apoio Jair Bolsonaro no segundo turno. Coloquei isso com muita clareza”, disse ele, que ponderou que votou no correligionário Geraldo Alckmin no primeiro turno. “Reafirmo aqui: apoio Jair Bolsonaro para livrar o Brasil do PT e do (ex-presidente) Lula.” Ele negou, no entanto, que tenha pedido alguma contrapartida ao PSL.

Continua após a publicidade

“Temos que observar quais são os campos. De um lado temos um campo de esquerda, que dominou o Brasil, governou pessimamente com (os ex-presidentes) Lula e Dilma, e agora tem um fantoche chamado Fernando Haddad. E do outro campo tem proposta liberal, que eu apoio, e quer o bem do Brasil, seu crescimento econômico”, afirmou o ex-prefeito. Segundo ele, Bolsonaro “não quer implantar aqui uma ditadura venezuelana ou princípios bolivarianos”.

No momento mais tenso da reunião, Doria dizia que o PSDB deveria fazer uma autoavaliação sobre acertos e erros da legenda na eleição. No contexto dos equívocos, foi citado o apoio ao presidente Michel Temer (MDB). Alckmin, que era contra apoiar o governo emedebista, o interrompeu: “O ‘Temerista’ não era eu não, era você”. E disse, na sequência: “Você, você, você”.

Continua após a publicidade

O ex-prefeito disse que o presidenciável estava na frente de dois ex-ministros de Temer, José Serra e Bruno Araújo, que foram “bons ministros”, e pediu “calma, discernimento e equilíbrio, que aliás sempre foi uma característica que você teve”.

Alckmin, então, afirmou: “Traidor eu não sou”. A frase foi interpretada como uma insinuação de que o ex-prefeito, seu afilhado político, o traiu por não ter se empenhado na campanha presidencial tucana.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.