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Protestos contra o governo Bolsonaro são registrados em todos os estados

Ciro, Haddad e Boulos participaram de atos, articulados por sindicatos e partidos de esquerda, que cobraram impeachment, vacina e empregos

Por Da Redação 2 out 2021, 19h22

Manifestações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro articulados por movimentos de esquerda lotaram ruas de todos os 26 estados brasileiros e mais o Distrito Federal  desde a manhã até o início da noite deste sábado, 2. Os protestos pediram o impeachment de Bolsonaro e cobraram mais vacinas para a população, emprego, mudanças na política econômica, maior combate à fome e respeito à democracia e aos direitos humanos, entre outras pautas.

Os protestos foram organizados por nove partidos (PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade) e ocorreram três semana depois do fracasso dos atos anti-Bolsonaro convocados por grupos de centro-direita, o Movimento Brasil Livre (MBL), o Vem Pra Rua e o Livres. Desta vez, ruas das principais capitais do país estiveram lotadas e não foram registrados casos de violência.

O maior ato ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, e contou com a presença de diversas lideranças de movimentos sociais e indígenas, entidades sindicais, artistas, além de políticos de vários partidos, como Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL). Pré-candidatos à presidência pelo PSDB, João Doria e Eduardo Leite não compareceram, alegando cumprir agenda das prévias do partido. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas para 2022, também não esteve nas manifestações.

Entre as entidades participantes do ato em São Paulo estavam a Acredito, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Comissão Arns, UNE, ABI, Coalização Negra por Direitos e Direitos Já, além de centrais sindicais, como a Força Sindical, CSP-Conlutas, UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CTB (Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil) e CUT (Central Única dos Trabalhadores). Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), os deputados Tabata Amaral (PSB), Alessandro Molon (PSB) e Orlando Silva (PCdoB) e a ex-deputada Manuela D´Ávila (PCdoB) foram outros importantes nomes presentes aos atos.

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No Rio de Janeiro, os manifestantes se concentraram pela manhã, na Candelária, que teve parte das pistas da Avenida Presidente Vargas interditada, nas proximidades da Igreja da Candelária. Em seguida, com faixas e cartazes as pessoas saíram, em caminhada, pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde foi montado um palanque para os discursos.

Mensagens como
Mensagens como “Bolsonaro genocida” foram vistos nos protestos em todo o país (Alexandre Schneider/Getty Images)

Ciro Gomes também marcou presença nos protestos no Rio e, ao lado do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse estar participando do protesto de “peito aberto” e defendeu união contra Bolsonaro “apesar das diferenças” existentes dentro da oposição ao presidente.

“Precisamos aqui dar exemplo de que nós estamos mesmo pensando no povo e na democracia e não em projetos menores”, afirmou. O ex-ministro criticou a política econômica do governo federal e pediu “Fora Bolsonaro” aos manifestantes. No discurso, Ciro foi aplaudido, mas ouviu gritos de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outro pré-candidato ao Planalto pelo PT, e vaias.

Em Salvador, a concentração dos manifestantes ocorreu na Praça Campo Grande. Depois, eles saíram em caminhada, passando por ruas do centro histórico da capital baiana, até a Praça Castro Alves, onde foi realizado um evento cultural e discursos de líderes de várias entidades e partidos políticos.

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A Praça da Bandeira, em Fortaleza, foi o local escolhido pelos organizadores para o protesto contra o governo na capital cearense. Os manifestantes portavam cartazes e faixas. A Polícia Militar acompanhou toda a movimentação das pessoas que participavam da passeata. Também foram registradas manifestações Goiânia, Belém, Boa Vista e Maceió e em dezenas de cidades de vários estados.

Em Brasília, os manifestantes se concentraram no começo da tarde na área em frente ao Museu da República, na Esplanada dos Ministérios e saíram em direção ao Congresso Nacional.

Fome e desemprego em pauta

A questão econômica foi o grande mote dos protestos contra o governo Bolsonaro. Os manifestantes levaram faixas e cartazes com críticas à inflação, particularmente às altas dos preços dos alimentos, dos combustíveis, do gás e da energia elétrica. Também há muitas referências ao desemprego e ao aumento da fome e da pobreza.

Em razão da grande presença de sindicatos, também há muitas críticas à PEC 32/2020, em discussão no Congresso Nacional, que promove uma reforma administrativa e altera várias regras para o funcionalismo federal. Apesar da tentativa dos organizadores de ampliar o arco ideológico dos atos contra o presidente, atraindo militantes de legendas mais ao centro como o PSDB e Cidadania, as manifestações foram marcadas pelo amplo predomínio de partidos à esquerda, como PT, PSOL, PCdoB e PDT.

Botijão inflável levado a manifestação no Rio de janeiro atribui a alta do gás ao presidente Jair Bolsonaro
Botijão inflável levado à manifestação no Rio de janeiro atribui a alta do gás ao presidente Jair Bolsonaro (FUP/Divulgação)

 

 

 

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